Vendas de materiais de construção recuam 5,8% em maio, diz Abramat

18/06/2014

Por Juliana Schincariol

RIO DE JANEIRO (Reuters) – As vendas de materiais de construção caíram 5,8 por cento em maio na comparação anual, informou a Abramat, associação que representa o setor, nesta quarta-feira.

Na comparação mensal, no entanto, foi registrada recuperação e o indicador subiu 5 por cento sobre abril, mês em que houve recuo de 4,4 por cento ante março.

Assim, no acumulado do ano até maio, as vendas têm queda de 2,8 por cento em relação ao mesmo período de 2013.

No mês passado, a Abramat cortou a estimativa de crescimento das vendas em 2014 para 3 por cento, ante previsão anterior de 4,5 por cento.

"As expectativas para os segmentos do varejo e imobiliário são positivas para os próximos meses, e deverá haver uma aceleração nas obras de infraestrutura. A previsão para o ano será reavaliada entre junho e agosto", disse a Abramat em nota à imprensa.

Em maio, as vendas dos materiais básicos subiram de 3,1 por cento sobre abril, mas recuaram 8,2 por cento em relação ao mesmo mês do ano passado. Nos materiais de acabamento, as vendas subiram 6,8 por cento na comparação mensal e caíram 2,2 por cento ano a ano.

 

 

O nível de emprego na indústria de materiais de construção, cresceu 3,8 por cento em relação a maio de 2013. Na comparação mensal, no entanto, o recuo foi de 1,9 por cento.

O nível de emprego no setor deve fechar o ano em alta de 2 por cento, apesar da perspectiva de crescimento menor do setor em 2014, disse à Reuters no mês passado o presidente da Abramat, Walter Cover.

"Mesmo com índices de emprego e renda fortes, os juros maiores e as expectativas negativas sobre a economia fazem com que consumidores e empresários posterguem compras e investimentos", afirmou a Abramat em comunicado.

Nas indústrias de materiais básicos, o nível de emprego cresceu 5,7 por cento em maio, ano a ano. Na comparação com abril, recuou 2,9 por cento.

Entre os materiais de acabamento, o emprego cresceu 0,9 por cento ano a ano e ficou praticamente estável ante abril, com leve queda de 0,1 por cento.

(Edição Alberto Alerigi Jr.)

 

 

Fonte:
Reuters Brasil