Vendas de imóveis novos em São Paulo recuam 28% em janeiro
16/03/2015
Para Secovi-SP, movimento pode indicar que persiste expectativa negativa quanto ao ambiente econômico
Reuters
SÃO PAULO – As vendas de imóveis novos da cidade de São Paulo em janeiro caíram 28 por cento na comparação anual, informou o sindicato da habitação, Secovi-SP, nesta segunda-feira.
"A redução das vendas em relação ao mesmo mês de 2014 pode indicar que persiste uma expectativa negativa quanto ao ambiente econômico", disse o Secovi-SP em nota.
Para o economista-chefe da entidade, Celso Petrucci, ainda é precipitado concluir que as vendas este ano serão menores do que em 2014, tendo em vista que os grandes esforços de marketing das incorporadoras e vendedoras.
No entanto, em fevereiro, a entidade estimou um recuo de 10 por cento nas vendas de imóveis este ano, a 28,5 mil unidades.
No ano passado, os lançamentos caíram 7 por cento sobre 2013, a 31,7 mil unidades, enquanto as vendas despencaram 35,2 por cento no ano passado, a 21,6 mil unidades.
As vendas de janeiro em comparação a dezembro recuaram 77 por cento. O resultado mensal, segundo o Secovi, já era esperado pelo mercado devido ao efeito sazonal do início do ano. Além disso, dezembro representou o melhor mês do ano passado em termos de comercialização de imóveis.
As vendas no primeiro mês do ano representaram 385 milhões de reais em valor geral de vendas (VGV) queda anual de 26 por cento e recuo mensal de 76 por cento.
Os lançamentos em São Paulo totalizaram 546 unidades residenciais, segundo os dados da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), um recuo anual de 32 por cento. Em comparação a dezembro, a queda foi de 88 por cento.
Com os resultados de janeiro, o estoque em São Paulo chegou a 26.994 unidades.
Nas outras cidades da região metropolitana de São Paulo, foram comercializadas 592 unidades, uma redução de 74 por cento em relação a dezembro e queda de 51 sobre janeiro de 2014.
O estoque nos outros municípios encerrou janeiro com 14.715 unidades em oferta.
(Por Juliana Schincariol; Edição de Luciana Bruno)
Fonte:
DCI