UE aprova a entrada de Bulgária e Romênia

09/01/2009

Bulgária e Romênia receberam a permissão para ingressar na União Européia a partir de 1º de janeiro, o que dará aos dois países do antigo regime comunista o direito a receber bilhões de euros em subsídios. Com a nova expansão, o maior bloco econômico do mundo passa a ter 27 integrantes.

Se a entrada for formalmente aprovada – o que deve acontecer no próximo mês – o búlgaros e romenos verão seus esforços recompensados. Ao longo de uma década e meia, os dois países, que estão entre os mais pobres da Europa, converteram-se em democracias e em economias de mercado.

“Entraremos num período de certezas”, comemorou o premiê romeno Calin Popecu Tariceanu na Comissão da UE. Seu colega búlgaro, Sergei Stanishev, classificou a decisão como a “a queda final do Muro de Berlim”.

Mas o relatório da UE afirma que ambos os países ainda não atingiram os padrões ocidentais e pede que o bloco condicione a ajuda econômica à continuidade do combate à corrupção e ao crime organizado, à melhoria do sistema judiciário, da qualidade dos alimentos e da segurança na aviação. Búlgaros e romenos terão de se reportar à UE a cada seis meses para garantir que estão no rumo certo.

A UE passará a ter 480 milhões de habitantes. A Romênia tem 22 milhões, e a Bulgária, 8 milhões. A perspectiva de acesso ao bloco já ajudou a alavancar as economias romena e búlgara. No ano passado, a primeira cresceu 4,1% (para cerca de US$ 100 bilhões) e a segunda, 5,5% (para cerca de US$ 24 bilhões).

Mas a renda média mensal dos búlgaros e romenos ainda é muito inferior que a dos outros países europeus: US$ 205 e US$ 310, respectivamente. A expectativa de alguns é que com a entrada no bloco, novos investidores chegarão aos países, elevando assim o rendimento dos trabalhadores.

Fonte:
Valor Economico