UBS prevê nova rodada de valorização às commodities até o final do ano

26/08/2008

SÃO PAULO – Nos últimos meses, o panorama traçado às commodities mudou drasticamente no mercado internacional. Se antes as valorizações eram rotineiras para produtos como o petróleo e metais básicos, o movimento tem sido cada vez mais raro nas sessões mais recentes.

Os motivos para tal inversão de cenário vão desde a valorização do dólar até as perspectivas de desaceleração econômica de alguns dos maiores consumidores do mundo, como EUA e China. Todos colocando em xeque a possibilidade de manutenção da forte demanda pelas matérias-primas.

E como se não bastasse, as preocupações vividas pelo mercado de commodities e o conseqüente movimento de correção nos preços refletem sob a forma de perdas para a Bolsa brasileira, tendo em vista a grande exposição do Ibovespa aos ativos ligados ao segmento.

Movimento de baixa perto do fim

Em meio a um cenário tão atribulado, os investidores têm buscado no comportamento das commodities uma premissa para tentar prever a performance dos mercados no curto prazo. Nesta linha, ganha importância relatório divulgado pelo UBS sobre o tema nesta segunda-feira (25).

A despeito dos incessantes problemas enfrentados pelos insumos, a avaliação do banco para o segmento nos próximos meses traz tom otimista aos investidores domésticos, na medida em que acredita que o movimento de baixa nas matérias-primas está próximo do fim.

Isto porque caso a visão do banco se concretize, as principais blue chips do País devem acompanhar a ascensão dos produtos e inverter a recente trajetória negativa para o mercado brasileiro, podendo colocar a Bolsa de volta no caminho de uma recuperação mais robusta.

Perspectiva de alta é vista como oportunidade

No caso do petróleo – talvez a commodity mais observada pelo mercado -, as projeções do UBS minimizam o fato de o barril estar voltando ao patamar de US$ 100,00 e dão conta de que os preços devem engatar um movimento de forte alta até o final do ano.

Para os metais a visão é semelhante. Assim como no caso do petróleo, os analistas citam a expectativa de desvalorização do dólar e de manutenção da forte demanda chinesa para sustentar a percepção favorável às cotações do níquel e do zinco, por exemplo.

Desta forma, o banco vê o atual momento como uma grande oportunidade para a compra de papéis ligados aos setores siderúrgico e de mineração, prevendo fortes retornos até o final do ano.

 

Fonte:
Uol