TIM vê alta de 10% em celulares no país, abaixo de 2006

09/01/2009

SÃO PAULO (Reuters) – O mercado de telefonia móvel vai crescer menos este ano e a migração de clientes entre as operadoras deve agitar o setor, previu nesta terça-feira o presidente da TIM Brasil, Mario Cesar Araujo.

Segundo estimativa do executivo, o número de usuários de telefonia móvel no país deve crescer cerca de 10 por cento este ano, após ter avançado 15,8 por cento em 2006, para 99,9 milhões de assinantes no final de dezembro.

“Vamos ver um mercado bastante agressivo de troca de operadoras”, disse Araujo em teleconferência com jornalistas para comentar os resultados da holding TIM Participações no quarto trimestre e em 2006.

A TIM Participações cresceu num ritmo maior que a média do mercado no ano passado, encerrando o exercício com 25,4 milhões de clientes, avanço de quase 26 por cento sobre 2005.

Araujo recusou-se a informar se a empresa continuará a ampliar a base de clientes mais rápido que as concorrentes, mas frisou que “o primeiro foco é crescer com rentabilidade”.

Para ele, o mercado brasileiro está mais maduro e o subsídio na venda de aparelhos pré-pagos “está praticamente terminado”.

“Evidentemente que é uma decisão individual de cada (operadora), mas a tendência é diminuir. As operadoras ainda operam no vermelho… Ainda estamos pagando os investimentos que foram feitos.”

RESULTADO MELHORA

A TIM Participações registrou lucro de 78,7 milhões de reais no quarto trimestre, mas acumulou prejuízo de 301,7 milhões de reais nos 12 meses de 2006. Os dois resultados foram melhores quando comparados às perdas de 116,1 milhões de reais de outubro a dezembro do ano anterior e de 989,6 milhões de reais em 2005.

As ações preferencias da TIM Participações avançaram 6,27 por cento, enquanto o índice Bovespa subiu 4,92 por cento.

Segundo o presidente da TIM Brasil, a operadora tem interesse em participar da concorrência por licenças da terceira geração de telefonia móvel (3G) e da tecnologia sem fio WiMax.

“Faz parte da nossa estratégia entrar na terceira geração”, afirmou. “Acho que a 3G e o WiMax não são conflitantes nem excludentes, são complementares.”

No ano passado, a Telecom Italia, dona da empresa brasileira, recebeu ofertas não-solicitadas de compra da TIM Brasil e rejeitou as propostas.

“A TIM (no Brasil) foi considerada estratégica”, disse Araujo. “Nossos acionistas estão bastante satisfeitos com nosso resultado e acreditam muito no nosso crescimento”, concluiu.

Fonte:
Reuters
Cesar Bianconi