Telefónica nega fusão com Telecom Italia no Brasil
09/01/2009
A companhia espanhola Telefónica negou, no sábado, rumores que circularam na imprensa italiana de que teria planos de fundir suas operações com as da Telecom Italia no Brasil. Um porta-voz do grupo espanhol declarou que o acordo firmado no mês passado para a compra de uma participação minoritária na operadora italiana solicita a independência administrativa e de ativos de ambas no exterior.
No final de abril, um consórcio ítalo-espanhol incluindo a Telefónica, o Intesa Sanpaolo, a Assicurazioni Generali, o Mediobanca e a Sintonia adquiriu 23,6% da operadora, por 4,1 bilhões de euros (US$ 5,54 bilhões). A compra de uma participação na Telecom Italia despertou especulações no mercado de que a Telefónica poderia tentar pôr as mãos nos ativos da operadora italiana no Brasil, mais especificamente na TIM Participações.
A Telefónica, quarta maior companhia de telecomunicações do mundo em valor de mercado, tem expandido agressivamente suas operações na América Latina. No Brasil, o grupo tem o controle da Vivo compartilhado com a Portugal Telecom.
Criadora do Big Brother é vendida
A Telefónica vendeu nesta segunda-feira 75% da produtora holandesa de televisão Endemol, criadora do reality show Big Brother, por 2,63 bilhões de euros (US$ 3,6 bilhões), a um consórcio que inclui a italiana Mediaset . Segundo a operadora, a venda irá resultar no ganho de capital de cerca de 1,4 bilhão de euros. Na opinião do analista da Kempen, Oskar Tijs, o preço é justo e reflete o valor total das ações.
O consórcio é dividido em partes iguais entre a Mediacinco Cartera SL (unidade da Mediaset), o Cyrte Fund II BV e o GS Capital Partners VI (fundo do Goldman Sachs). O grupo também concordou em fazer uma oferta pelos 25% remanescentes da Endemol, de acordo com comunicado divulgado pela Mediaset, que é controlada pelo ex-premiê italiano Silvio Berlusconi.
O Cyrte é um veículo de investimento do fundador da Endemol, John de Mol. No entanto, de acordo com fonte familiarizada ao negócio, o executivo não terá qualquer participação na gestão da produtora.
Fonte:
Monitor Mercantil