Telecom Italia troca comando das companhias
09/01/2009
O principal executivo da Telecom Itália/Pirelli, Marco Tronchetti Provera, mudou de planos quanto ao comando do grupo no Brasil. O principal executivo das duas empresas no país, Giorgio Della Seta, permanece no país até o final de 2004 ao invés de voltar para Itália no final do primeiro semestre como estava previsto. Ao menos por enquanto continua à frente da fabricante de pneus e cabos. Deixa função executiva na Telecom Italia (TI) mas passa a consultor e permanece no conselho de administração. Como é muito próximo ao executivo da matriz, ao que tudo indica, continuará acompanhando o “imbróglio” na disputa de acionistas entre a TI e o Opportunity na Brasil Telecom.
O comunicado, de 13 de fevereiro, divulgado em Milão e assinado por Tronchetti, informa que, a partir de 1º de março, assume como o novo “representante” e “presidente” da área de telecomunicações do grupo na América Latina, Paolo Dal Pino. Jovem, com menos de 40 anos, é atualmente diretor-geral da Seat, na Itália, empresa responsável pelo serviço de listas telefônicas da companhia.
Houve mudança de nomes pois, o próprio Della Seta já havia anunciado que seu substituto seria Alberto Moggi, que deixaria o comando da Pirelli na Turquia e viria assumir tanto a fabricante de pneus e cabos como a área de telecomunicações no Brasil. Tronchetti, ainda no comunicado, informa que Marco Patuano, diretor-financeiro da TIM Brasil, é o novo gerente-geral da Telecom Italia Latino-americana. Mas Patuano não deve se afastar da operadora de telefonia celular. E quem ficará responsável pela empresa na Argentina será Oscar Cristianci.
As interpretações de analistas que acompanham os negócios da operadora são de que Tronchetti optou por focar as atividades da operadora destinando executivos próximos a ele, como é o caso de Patuano.
Em outro comunicado, também de 13 de fevereiro, Tronchetti informa que a Telecom Italia Latam assume o papel de promover e representar os interesses gerais do grupo frente às autoridades públicas e privadas e acionistas; tem a função de assegurar a coerência da imagem do grupo, dar suporte à cúpula e também será responsável pela análise estratégica-competitiva. A unidade fica também à frente do processo financeiro, econômico e de gestão administrativa.
Valor Economico Heloisa Magalhães 17/2/2004