Superar gargalos para exportar mais 11% em volume

09/01/2009

Rio, 10 de Agosto de 2004 – Aumento físico das exportações exige ação, diz AEB. Operando no limite de sua capacidade de infra-estrutura de transportes, o Brasil enfrentará dificuldades para ampliar volumes de exportação no médio prazo.

A questão preocupa empresários do setor exportador, que temem colapso no escoamento das cargas brasileiras já a partir de 2005, quando a Associação de Comércio Exterior (AEB) prevê quantidades exportáveis de 410 milhões de toneladas, com alta de 11% na comparação com o previsto para 2004.

Grãos e minérios já garantem, por si só, crescimentos expressivos na demanda de logística do País, devido a novos contratos de fornecimento da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), a maior produtora e exportadora mundial de minério de ferro, e a esperada produção recorde de 65 milhões de toneladas na safra de soja do período 2004/2005.

Levantamentos feitos pela AEB revelam que, nos primeiros sete meses deste ano, o País embarcou ao mercado internacional 209 milhões de toneladas em mercadorias, quantidade 16,7% superior aos 179 milhões de toneladas escoadas em igual período do ano anterior. Para todo o ano de 2004, as projeções da AEB revelam embarques de 370 milhões de toneladas, com alta de 15% sobre 2003.

Somente em produtos básicos, onde se insere o grosso dos produtos do agronegócio, as quantidades exportadas somaram 160 milhões de toneladas até julho último, puxadas, principalmente, pelo minério de ferro, com 115 milhões de toneladas (ou 72% do total de básicos) e grão e farelo de soja, com 21 milhões de toneladas.

Os volumes de exportação apresentam crescimentos constantes nos últimos anos. Saltaram de 295 milhões de toneladas em 2002 para 321 milhões de toneladas em 2003, devendo atingir 370 milhões de t em 2004, prevê a AEB.

Gazeta Mercantil 10/8/2004
(Lívia Ferrari)