SP: Câmara aprova novo rodízio; CET se diz surpresa
09/01/2009
Trânsito
Sexta, 7 de dezembro de 2007, 10h00 Atualizada às 10h28
SP: Câmara aprova novo rodízio; CET se diz surpresa
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) manifestou surpresa com a aprovação do projeto de lei do vereador Ricardo Teixeira (PSDB-SP), funcionário da CET há 30 anos, que amplia o rodízio de veículos na capital paulista. A medida foi aprovada na quarta-feira na Câmara Municipal de São Paulo e ainda deve passar por uma segunda votação, além da sanção do Executivo para entrar em vigor.
O objetivo do projeto de lei é reduzir o número de veículos e melhorar o fluxo do tráfego com a restrição de circulação em todos os dias da semana e em todo o território da capital. Atualmente, o rodízio tira 20% dos veículos de circulação. Com a medida aprovada, a intenção é retirar 50% da frota das ruas.
O projeto prevê que a restrição se aplique a placas ímpares e pares, nos horários de pico. A proibição ocorreria 7h às 8h30 para placas ímpares e das 8h31 às 10h para placas pares. No período da tarde, o esquema funcionaria para placas ímpares, das 17h às 18h30, e pares, das 18h31 às 20h.
O gerente de operação da CET, Gilson Grilli, se disse surpreso com a aprovação do projeto de lei. “Não estava sabendo desse projeto”, admitiu no final da tarde de quinta-feira. Grilli reconhece, no entanto, a autoridade do vereador Ricardo Teixeira, para propor o projeto. “Ele é um antigo funcionário da CET e deve ter feito um estudo rigoroso sobre o assunto”, diz o gerente de operações da CET. O órgão só vai se manifestar oficialmente sobre o projeto hoje.
O rodízio municipal de veículos de São Paulo, também chamado de Operação Horário de Pico, foi implantado em 1997 com o propósito de reduzir o congestionamento nas principais vias da cidade nos horários de maior movimento. A restrição atinge veículos particulares e de empresas. Mesmo aqueles com placas de outras cidades devem respeitar a proibição dentro do perímetro em que vigora a regra, chamado de centro expandido.
O sistema é criticado por muitos especialistas, que não acreditam em sua eficiência. Neste ano, por exemplo, o congestionamento em São Paulo chegou ao recorde de 223 km no dia 14 de novembro, véspera de feriado. O pico ocorreu às 18h51.
Fonte:
Redação Terra