Sonda espera atingir 4ª posição em ranking paulista de supermercados no próximo ano

09/01/2009

COMANDATUBA* – Depois de passar um ano e meio centrada na gestão, a rede varejista Sonda deve abrir cinco lojas no Estado de São Paulo neste ano, com investimentos que devem chegar a R$ 70 milhões. A empresa, que faturou R$ 771 milhões em 2006, estima somar vendas de R$ 1 bilhão neste ano e espera tomar o quarto lugar no ranking de faturamento do setor paulista já em 2008, lugar ocupado hoje pela rede Coop.

No próximo mês, a empresa abre novas lojas em Guarulhos, Carapicuíba e Piedade. Até o final do ano, ou no máximo até o início de 2008, a capital paulista contará com mais duas unidades Sonda, uma na rua Maria Cândida e outra, na Rua Guaicurus (Zona Oeste). Esta última será a mais avançada da rede em engenharia e aspectos tecnológicos. Segundo Roberto Moreno, diretor financeiro do Sonda, a empresa deve encerrar 2007 com investimentos de R$ 6 milhões em tecnologia.

Para ganhar mercado, o executivo afirma que o grupo continua olhando possibilidades de aquisições de pequenas redes no estado, e está fechando nesta semana a compra de uma loja estratégica na capital paulista. A esperada abertura de capital da rede deve se dar, de acordo com Moreno, no final de 2008, quando o grupo já tiver um ano completo de resultados auditados, processo que vem sendo estruturado pela Terco Grant Thornton.

“Não estamos à venda e não queremos vender, então é preciso abrir capital por uma questão de sucessão”, diz, lembrando que a rede é gerida por dois irmãos e que é preciso pensar na sucessão. Ele afirma, no entanto, que não há pressa em fazer IPO, pois a companhia tem dinheiro em caixa e tem realizado a maior parte de seus investimentos com capital próprio ou com financiamentos do BNDES.

Enquanto isso, o grupo, que também é dono de três shoppings centers em São Paulo (Anália Franco, Itaim e Alto da Boa Vista), e de passes de 40 jogadores de futebol, está investindo ainda no setor imobiliário. Com desembolso de R$ 15 milhões, Moreno diz que a companhia adquiriu terreno em Macaé (RJ) que corresponde a 8% do tamanho da cidade.

A idéia, diz Moreno, é construir 40 mil casas populares para atender um déficit habitacional gerado pelas operações da Petrobras na região. A construtora será a OAS, mas Moreno preferiu não projetar o prazo e o ganho a ser obtido com a operação. “Para a empresa é um bom negócio, pois o aporte será pago pela Caixa Econômica Federal e pelo fundo de previdência da Petrobras, que vai financiar as casas para os moradores”, diz. Cada casa deve ser vendida a R$ 90 mil.

O executivo, há 11 anos no Sonda, participa nesta semana de encontro anual de diretores financeiros, organizado pela IT Mídia na Ilha de Comandatuba (BA).

Fonte:
Bianca Ribeiro
Valor Online