Sistema Cantareira fica estável pelo sétimo dia seguido

27/04/2015

Chuva registrada no mês é 50% do esperado.
Sistemas Alto Tietê e Alto Cotia também ficaram estáveis.

Do G1 São Paulo

O nível de água dos reservatórios do Sistema Cantareira, que abastece a capital e região metropolitana, se manteve estável nesta segunda-feira (27), com 20,1% da sua capacidade, segundo boletim da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) divulgado no site da empresa. Trata-se do sétimo dia seguido em que o sistema se mantém estável. Apesar de o volume de água dos reservatórios do Cantareira não cair desde 1º de fevereiro, São Paulo ainda vive uma crise hídrica. A situação é crítica: apenas a segunda cota do volume morto foi recuperada. O índice de 20,1% divulgado pela Sabesb considera o cálculo feito com base na divisão do volume armazenado pelo volume útil de água. Após ação do Ministério Público, aceita pela Justiça, no entanto, a Sabesp passou a divulgar outros dois índices para o Sistema Cantareira. O segundo índice leva em consideração a conta do volume armazenado pelo volume total de água do Cantareira. Nesta segunda, o índice é 15,5%, o mesmo registrado no sábado. O terceiro índice leva em consideração o volume armazenado menos o volume da reserva técnica pelo volume útil. Nesta segunda, o índice é de -9,2%. A chuva registrada em abril, 45,1 mm, é apenas 50% do esperado para o mês. Os níveis de água de dois dos outros cinco sistemas que abastecem o estado de São Paulo se mantiveram estáveis, casos do Alto Cotia e do Alto Tietê. Os sistemas Guarapiranga e Rio Grande tiveram queda, e o Rio Claro subiu.

Mudança no abastecimento
A Sabesp anunciou neste mês que uma nova adutora permitirá que o Sistema Rio Grande abasteça alguns bairros da Zona Sul de São Paulo. Com 2,1 km de extensão, ela vai levar água a bairros da região de Pedreira, como Balneário São Francisco, Cidade Júlia, Eldorado, Jardim Apurá, Jardim Guacuri, Jardim Rubilene, Jardim Selma e Pedreira.

Segundo a Sabesp, o investimento foi de R$ 7,6 milhões. A obra pretende aliviar o Sistema Cantareira, que passa pela pior crise da história. Com o abastecimento de 250 mil pessoas na Zona Sul pelo Rio Grande, a expectativa é gerar uma “sobra” no sistema Guarapiranga, que atendia essas áreas anteriormente. Com isso, o Guarapiranga pode passar a abastecer áreas que recebem água do Cantareira.

O número de pessoas atendidas pelo Sistema Cantareira, que já foi de 9 milhões na Grande São Paulo e estava em 5,6 milhões, agora é de 5,4 milhões.

Fonte: G1 Globo