Setor de importados tem queda de 24,5% em setembro

16/10/2012

Nos idos dos anos 90, carro importado era raro no Brasil. De lá para cá, a situação mudou. O Brasil virou uma potência na produção e venda de veículos, e os modelos importados começaram a aportar mais por aqui. Porém, o setor de importados passa hoje por maus bucados, por conta das fortes restrições impostas pelo governo federal.

Balanço da Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores indica que o mês de setembro teve uma forte retração de 24,5% contra o mês anterior. Em setembro, foram 9.042 unidades emplacadas, bem menor em relação as 11.975 unidades em agosto. Se comparado a igual período do ano passado, no entanto, a queda é de 59,9%, a mais elevada do ano.  Em setembro de 2011, a Abeiva emplacou 22.569 unidades.

O presidente da Abeiva, Flávio Padovan, adianta que foram 102.727 unidades no acumulado de janeiro a setembro de 2012. Uma queda de 32,4% nos primeiros nove meses do ano, ante as 151.853 unidades em igual período de 2011. Já o mercado geral no Brasil registrou alta de 5,5%. Segundo dados da indústria, foram emplacadas 2.667.347 unidades este ano contra 2.527.469 veículos emplacados de janeiro a setembro do ano passado.

"Com isso, o comportamento do mercado brasileiro por dados de market share nos mostra que o desempenho da Abeiva em setembro foi de 3,26% ante 7,69% em setembro de 2011. Ao comparar os totais do acumulado de 2012 e 2011, o nosso market share caiu de 6,01% para 3,85%", argumenta Flavio Padovan, presidente da entidade.

Mercado

Segundo Flavio Padovan, por cinco anos – de 2013 a 2017 – o setor de importação de veículos automotores estará em posição de absoluta desigualdade em relação aos considerados produtos nacionais, do Mercosul e do México. "Ressalto ainda que já perdemos o ano de 2012, que foi um desastre para o setor – que possuia uma rede de 882 concessionárias e contava com 35.000 trabalhadores – hoje conta com 737 concessionárias e emprega 25 mil trabalhadores brasileiros.  Mais de 10.000 trabalhadores perderam seus empregos. E esse quadro pode piorar ainda mais, pode reduzir ainda mais os seus quadros e negócios", argumenta.

 

Fonte:
A Tarde
Roberto Nunes