Santos/ Líder nacional, porto precisa de investimentos

09/01/2009

O diretor-geral do Conselho dos Exportadores de Café (Cacafe), Guilherme Braga, avalia que o Porto de Santos irá continuar a ter papel preponderante nos embarques do produto, mesmo tendo um frete mais caro que os outros complexos de cargas.

”O Porto de Santos tem de fato boas condições, mas sentimos que Santos tem basicamente problemas logísticos. São fragilidades que estão se evidenciando mais”, disse, citando, por exemplo, a crescente movimentação de todos os produtos pelo complexo, cuja infra-estrutura está perto do limite.

”O porto está dando alguns sinais de saturação. Precisa de investimentos na modernização das instalações”, afirmou Guilherme Braga.

Dentre os problemas de infra-estrutura, o executivo destacou, ainda, a necessidade de manutenção do calado original do cais, por meio da realização dos serviços de dragagem. Apesar disso, para Braga, o complexo santista irá continuar tendo ”importância predominante no café”. Um dos principais motivos para a sua liderança é a frequência de navios – a grande maioria das armadoras têm embarcações que escalam o porto.

Na mesma linha vai o diretor do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes Júnior. O executivo argumentou que se ”o porto não resolver os problemas logísticos pode, sim, perder, no futuro, participação (nas exportações de café)”. Ele lembrou, no entanto, que a soma dos dois segundo colocados no ranking de embarques da carga não chega ao volume de embarques do porto santista.

Para Carvalhaes Júnior, a necessidade de dragagem e a modernização das instalações de retroporto, para dar cabo dos volumes cada vez mais crescentes, são outras necessidades que se apresentam. ”Como os navios estão ficando cada vez menos tempo nos portos, o retroporto é muito importante para deixar a carga. Temos de olhar para a frente, nos anteciparmos”, alertou.

Fonte:
A Tribuna