Risco de faltar energia supera limite de segurança do Governo Federal
05/02/2015
O risco de faltar energia superou o limite de segurança do próprio governo. As informações estão no relatório feito pelo comitê de monitoramento do setor elétrico.
Governo diz que o volume de chuvas foi o mais baixo para o último mês nos últimos 85 anos. A falta de chuva elevou o risco de um novo racionamento neste ano. Os reservatórios receberam água equivalente a 38% da média histórica.
As chuvas raras do começo do ano deixaram os reservatórios das hidrelétricas mais importantes do país muito secos. O volume de água que caiu sobre as usinas do Sudeste e Centro-Oeste foi o equivalente a apenas 38% da média histórica. É o pior índice para o mês de janeiro desde 1931. O problema é que as hidrelétricas dessas duas regiões são responsáveis por 70% da capacidade de geração de energia do país.
Foi esse o cenário analisado por representantes dos principais órgãos do setor elétrico nesta quarta-feira (04) em uma longa reunião no Ministério de Minas e Energia.
Apesar do quadro crítico, o comitê que monitora o setor considerou que o sistema está equilibrado porque o país ainda consegue gerar energia de outras fontes, como a térmica e colocou mais 500 megawatts em operação este ano.
Foram mais de cinco horas de reunião. O comitê de monitoramento do setor elétrico avaliou que o risco de faltar energia nas regiões Sudeste e Centro-Oeste aumentou de janeiro para fevereiro. Ultrapassou o limite de 5%, considerado tolerável pelo próprio governo. Está em 7,3%.
O ministro de Minas e Energia reconhece que o momento é difícil, mas diz que o governo está trabalhando para mudar o cenário.
“Nós estamos fazendo vários esforços e várias ações planejadas, organizadas para que nós possamos superar esses desafios. No momento, nós podemos garantir o suprimento de energia para o país”, diz o ministro de Minas e Energia Eduardo Braga.
E mais uma vez o ministro falou em campanha de eficiência energética e de uso inteligente de energia. Disse que a população precisa entender que quanto mais evitar o desperdício, melhor para o consumidor e para o país.
Fonte:
G1