Risco cai a 180 pontos e Fitch melhora perspectiva do Brasil
09/01/2009
São Paulo, 6 de Fevereiro de 2007 – O renovado otimismo em relação ao País também ajuda na queda do dólar, que recuou 0,43%. O bom humor do investidor externo em relação aos emergentes, particularmente o Brasil, segue derrubando o risco-país, medido pelo JP Morgan.
São Paulo, 6 de Fevereiro de 2007 – O renovado otimismo em relação ao País também ajuda na queda do dólar, que recuou 0,43%. O bom humor do investidor externo em relação aos emergentes, particularmente o Brasil, segue derrubando o risco-país, medido pelo JP Morgan. Ontem, no fechamento do mercado local, o indicador estava em 180 pontos-base, um recuo de 1,09% sobre sexta-feira, quando o risco fechou a 181 pontos estabelecendo uma nova marca histórica para o País.
A busca por ativos de maior risco e retorno, como papéis e moeda de emergentes, ganhou força na semana passada. A decisão do Fed de manter o juro a 5,25% ao ano associada a dados que confirmam o pouso suave da economia americana, com inflação cedendo, levaram os mercados a uma nova onda de otimismo. No caso brasileiro, além da cena externa favorável, os bons fundamentos internos com inflação baixa, reservas internacionais robustas e a melhora no perfil da dívida, também colaboram para uma visão bastante positiva sobre o País.
Ontem, a agência de classificação de risco Fitch Rating elevou a perspectiva da nota atribuída ao Brasil de estável para positiva. Isto significa que nos próximos dois anos o País pode ter uma elevação no seu rating da dívida soberana de longo prazo em moeda estrangeira, que hoje é BB. Nas três principais agência de risco, Fitch, Moody’s e Standard & Poor’s (S&P), o Brasil está ainda há dois níveis de obter o grau de investimento. A perspectiva é positiva em duas, Fitch e S&P e estável na Moody’s.
“A rápida melhoria das contas externas brasileiras, principalmente em 2006, quando o setor público tornou-se credor líquido externo, aumentou a possibilidade de uma melhoria do rating nos próximos dois anos”, disse Roger Scher, diretor-executivo para ratings da América Latina. As reservas em US$ 91 bilhões também foram citadas como determinantes na melhora da perspectiva.
Com a confiança renovada do investidor no Brasil, atraído pelos bons fundamentos e pelos juros em reais elevados, o dólar segue em queda. Ontem, recuou 0,43%, a R$ 2,096, mesmo com o BC comprando moeda. A divulgação do Relatório de Mercado do BC, com instituições voltando a prever Selic a 11,50% no final do ano, depois de terem na semana anterior elevado a estimativa para 11,75%, não mexeu com os juros futuros, que fecharam com pequenas oscilações.
“A gente ainda está vivendo um pouco da melhora externa da semana passada, o que pode ter influenciado no relatório”, diz Vladimir Caramaschi, economista-chefe da corretora Fator. Segundo analistas, a ata do Copom também pode ter colaborado na reavaliação dos analistas quanto à trajetória do juro.
Fonte:
Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados
Jiane Carvalho