Relatório aponta crescimento de 2,1% na oferta interna de energia
09/01/2009
Rio – Dados preliminares do Balanço Energético Nacional 2006, divulgados hoje (11) pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), apontam crescimento de 2,1% na oferta interna de energia no ano passado – praticamente igual ao crescimento de 2,5% verificado para o total da economia brasileira.
Em relação à oferta nacional de gás natural, o relatório destaca o crescimento de 7,4% no ano passado, o maior aumento entre as fontes de energia utilizadas no país. Segundo o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, o volume disponibilizado para o consumo passou de 54,5 milhões para 58,5 milhões de metros cúbicos por dia.
Tolmasquim garantiu que a situação no país “é de absoluta tranqüilidade” em relação ao abastecimento de gás natural, apesar do impasse nas negociações entre a Petrobras e o governo boliviano, gerado a partir do decreto de nacionalização das reservas de gás e ativos da estatal naquele país. “Não existe ameaça de redução do suprimento de gás da Bolívia. Não houve ameaça nesse sentido e não há mesmo a possibilidade física de que isto venha a acontecer”, afirmou.
O relatório divulgado hoje indica ainda que 55% do consumo total de energia demandado no ano passado corresponderam à energia não renovável, principalmente petróleo e derivados, com uma oferta interna de 38,6% do total. E que apenas o gás natural apresentou uma expansão “expressiva” na oferta interna (demanda) entre as fontes não renováveis.
A dependência externa líquida de petróleo e de derivados reduziu-se a 4,2% em 2005, o que Tolmasquim atribuiu ao “significativo” crescimento de 10,3% na produção de petróleo, associado à quase estabilidade no consumo total de derivados.
O Balanço Energético Nacional aponta ainda um pequeno aumento na participação das energias renováveis na oferta interna, que passou de 43,9% em 2004 para 44,5% em 2005 – a mais alta proporção no mundo. A média mundial é de 13,3% e a dos países da OCDE (Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico), de apenas 6%.
Fonte:
Nielmar de Oliveira
Agência Brasil