Projeção do mercado para IPCA de 2005 fica estável em 5,21%
09/01/2009
O Banco Central divulgou nesta segunda-feira o relatório Focus, que, a partir de cerca de cem instituições financeiras consultados semanalmente, traz as projeções para o mercado.
A projeção do mercado financeiro para o índice oficial de inflação de 2005 ficou estável na semana passada, em 5,21%. A meta perseguida pelo BC para este ano é de 5,1%. A mediana das expectativas para o IPCA de 2006, porém, voltou a cair, passando de 4,80% na semana retrasada para 4,64% agora.
De acordo com o levantamento semanal feito pelo Banco Central, a previsão para o IGP-DI de 2005 foi de 1,54% para 1,51% e, no IGP-M, baixou de 1,65% para 1,56%. Para o IPC da Fipe, a mediana das expectativas dos analistas caiu de 4,37% para 4,35%.
A expectativa dos analistas para o IPCA de setembro subiu de 0,33% para 0,35%. No IGP-DI, manteve-se em deflação de 0,10%. No IGP-M, caiu de recuo de 0,35% para deflação de 0,40%. E no IPC da Fipe, avançou de 0,29% para 0,30%.
Para o mês de outubro, a mediana das expectativas para o IPCA aumentou de 0,40% para 0,43% e, para o IGP-DI, caiu de 0,40% a 0,38%. Para o IPC da Fipe, continuou em 0,40%. No IGP-M, subiu de 0,33% para 0,35%.
PIB
O mercado financeiro manteve praticamente estáveis as previsões médias dos indicadores macroeconômicos nacionais relativos a 2005. Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), a mediana das expectativas aponta crescimento de 3,28% neste ano, pouco acima dos 3,26% previstos na semana anterior. Para 2006, a estimativa média permaneceu em 3,50%, onde está há 21 semanas.
A estimativa média para o superávit da balança comercial neste ano continuou em US$ 40,50 bilhões. Para 2006, porém, subiu de US$ 34,15 bilhões para US$ 34,25 bilhões.
Os analistas conservaram a projeção para a entrada de investimentos estrangeiros em 2005 em US$ 16 bilhões. A estimativa para 2006, porém, caiu de US$ 16 bilhões para US$ 15,95 bilhões.
A previsão dos analistas para o superávit das contas correntes brasileiras em 2005 subiu de US$ 12,50 bilhões para US$ 12,90 bilhões. O resultado esperado para 2006 é de superávit de US$ 7 bilhões.
Para a produção industrial, a mediana das expectativas dos analistas aponta crescimento de 4,22% neste ano. Em 2006, a estimativa é de alta de 4,50%.
Juros
Os analistas financeiros continuam a prever corte de 0,5 ponto percentual no juro básico da economia em outubro. A mediana das expectativas dos analistas para a Selic do décimo mês de 2005 aponta para 19,00% ao ano, mesma previsão há três semanas. Em setembro, conforme esperado pelo mercado, o Banco Central reduziu a Selic em 0,25 ponto, para 19,50% anuais.
O mercado manteve a projeção da Selic no encerramento do ano, com a mediana das expectativas apontando para juro a 18% anuais em dezembro. De acordo com a pesquisa Focus, a previsão de Selic média deste ano continuou em 19,15% anuais.
Em 2006, a mediana das estimativas aponta para Selic média de 16,51% anuais (era de 16,60% na semana retrasada) e para taxa de 16% ao final do ano (acima dos 15,75% previstos na semana anterior).
A expectativa para a taxa de câmbio no final deste ano caiu de R$ 2,43 para R$ 2,40.
Fonte:
Uol Economia
Valor Online
26/9/2005