Produção industrial volta a crescer em agosto e atinge nível recorde, segundo IBGE

RIO – A produção industrial brasileira aumentou 1,3% em agosto, no confronto com julho, em termos dessazonalizados. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), essa variação compensa o recuo de 0,4% verificado em julho e “leva o patamar de produção do setor a atingir nível recorde”.

Frente a agosto de 2006, houve elevação de 6,6%, no 14º mês de expansão na comparação anual. De janeiro a agosto, a produção industrial expandiu-se 5,3%. Nos 12 meses até agosto, o crescimento foi de 4,5%.

Na passagem de julho para agosto, 17 dos 27 ramos industriais investigados pelo IBGE ampliaram a produção, com destaque para alimentos (cuja elevação de 3,7% cobre recuo de igual proporção visto nos dois meses anteriores), veículos automotores (3,3%), máquinas e equipamentos (3,7%) e material eletrônico e equipamentos de comunicações (6,7%). Na mão inversa, as principais quedas de produção ocorreram nos segmentos de edição e impressão (4,1%) e farmacêutico (1,9%).

Ainda na base mensal, a produção de bens de consumo duráveis aumentou pelo quarto mês seguido, ao avançar 2,7%. A fabricação de bens de capital cresceu 4%, a de bens intermediários subiu 0,9% e a de bens de consumo semi e não duráveis expandiu-se em 0,7%.

Ante agosto de 2006, dos 27 ramos investigados, 22 apuraram expansão na produção, com destaque para veículos automotores (17,5%); máquinas e equipamentos (18,2%), e outros equipamentos de transportes (24,5%). Cresceu a produção de bens destinados à demanda interna – aquecida pela recuperação da renda e maior acesso ao crédito -, como automóveis, celulares, eletrodomésticos e motocicletas. A principal pressão negativa, segundo o IBGE, foi do setor de fumo (-28,6%), por causa da menor fabricação de fumo processado.

De janeiro a agosto deste ano em relação a igual intervalo do exercício passado, houve acréscimo de produção em 20 atividades, liderado pelo ramo de máquinas e equipamentos (17,5%).

Fonte:
Valor Economico