Produção industrial cresce 2,8% em outubro, maior alta desde 2003

09/01/2009

RIO – A produção industrial brasileira cresceu 2,8% em outubro em relação ao mês anterior, na série com ajuste sazonal. “O resultado de outubro compensou a queda de 0,6% observada no mês anterior e, sobretudo, levou a produção industrial ao maior acréscimo na comparação com o mês anterior desde setembro de 2003 (4,6%)”, destacou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em nota em sua página eletrônica.

“A ampliação do consumo doméstico, beneficiada pelas boas condições de crédito, o crescimento no investimento, aumentando a capacidade produtiva, e o dinamismo das vendas externas, apoiado principalmente na maior exportação de commodities, vêm sustentando o desempenho industrial, levando a produção de outubro ao maior acréscimo na comparação com o mês anterior desde setembro de 2003 (4,6%)”, ressaltou o organismo.

Ante o décimo mês de 2006, houve ampliação de 10,3% na produção industrial, a taxa mais expressiva desde agosto de 2004 (13,3%). De janeiro a outubro, a expansão apurada ficou em 5,9% e, em 12 meses, chegou a 5,3%.

Conforme o levantamento, de setembro para outubro, 20 dos 27 ramos industriais investigados pelo IBGE viram aumento na produção, com a principal contribuição proveniente de veículos automotores (7%). Por setor, o destaque coube aos bens intermediários, com avanço de 2,7%, a maior elevação desde setembro de 2003 (3,2%). Bens de capital subiram 1,8% e bens de consumo duráveis cresceram 1,4%.

Olhando para a comparação com outubro de 2006, a maioria das atividades pesquisadas (23 em 27) teve expansão, como a indústria de veículos automotores (29,5%); máquinas e equipamentos (19,9%), alimentos (6,5%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (24,8%) e refino de petróleo e produção de álcool (10,7%). O IBGE chamou atenção para a ocorrência de um dia útil a mais em outubro frente a igual mês do calendário anterior.

No corte por categoria de uso, o avanço de 26,8% na produção de bens de capital e de 18,2% na de bens de consumo duráveis ficaram acima da média global da indústria (10,3%). Além disso, vale destacar a fabricação de bens intermediários, com acréscimo de 8,8%, ” o melhor resultado desde agosto de 2004 (11,4%)”, segundo o instituto.

No período de janeiro a outubro, a elevação de 5,9% na produção industrial foi sustentada pela evolução de 22 atividades, com veículos automotores (14,3%) se sobressaindo. Em sentido inverso, os impactos negativos mais significativos ficaram com material eletrônico e equipamentos de comunicações (-3,8%) e fumo (-8,2%).

Fonte:
Valor Online