Produção industrial brasileira cresce 2,8% em 2006

09/01/2009

O sector industrial brasileiro registou uma expansão da produção de 2,8 por cento em 2006, a um ritmo inferior aos 3,1 por cento verificados no ano anterior, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Pedro Latoeiro com Lusa

Segundo a responsável de análises e estatísticas do IBGE, Isabella Nunes, “a perda de ritmo no crescimento da produção industrial no ano passado deve-se à perda de alguns sectores por causa do câmbio”.

Já os principais impactos positivos para a indústria brasileira em 2006 foram, na sua opinião, o aumento da massa salarial, a estabilidade no mercado de trabalho e a ampliação das linhas de crédito.

O aumento da produção registou-se em 20 sectores de actividade, principalmente no sector de máquinas para escritório e equipamentos de informática (51,6 por cento de crescimento), seguido por equipamentos médicos (9,4 por cento), máquinas e materiais eléctricos (8,7 por cento), móveis (8,4 por cento), indústria extractiva (7,4 por cento), bebidas (7,2 por cento) e farmacêutica (4,4 por cento).

A desaceleração da indústria brasileira coincidiu com a previsão apontada por economistas e analistas, que previam um aumento de 2,7 por cento a três por cento na produção industrial do país.

Apesar da diminuição do crescimento da indústria, os dados relativos aos últimos meses do ano passado indicam uma recuperação do sector e uma tendência positiva para 2007, na avaliação da entidade patronal Confederação Nacional da Indústria (CNI).

De acordo com os dados do IBGE, a produção da indústria no último trimestre de 2006 superou em 1,1 por cento à do trimestre imediatamente anterior e em 3,2 por cento o nível observado no quarto trimestre de 2005.

Nos quatro anos do governo Lula da Silva (2003-2006), a indústria registou uma expansão maior que nos dois mandados do presidente Fernando Henrique Cardoso.

Houve um crescimento da produção industrial de 14,9 por cento nos últimos quatro anos, com uma taxa média anual de 3,5 por cento, resultado maior, portanto, que os 1,3 por cento e 2,5 por cento anuais médios alcançados, respectivamente, nas duas gestões de Cardoso.

Fonte:
Diario Economico