Presidente da Ferrari assume a Fiat
09/01/2009
O atual diretor-superintendente da Ferrari, Luca Cordero di Montezemolo, será o novo presidente da Fiat Automóveis.
A mudança já teve reflexos na companhia. O executivo Giuseppe Morchio, que era o diretor-superintendente do grupo e aspirava a vaga na presidência, decidiu colocar o cargo à disposição.
As mudanças na Fiat vieram à tona depois que a companhia informou oficialmente, por meio de uma nota, que amanhã haverá uma reunião extraordinária do Conselho de Administração do grupo para realizar alterações na diretoria.
A substituição de profissionais acontece num rearranjo interno, já que a marca Ferrari pertence à Fiat desde os anos 70.
Montezemolo ocupará a vaga que foi de Umberto Agnelli, morto na última quinta-feira, devido a um câncer. Umberto presidiu a companhia desde janeiro de 2003, sucedendo a seu irmão Giovanni Agnelli, que também morreu de câncer, aos 81 anos. A família Agnelli é fundadora da Fiat.
Giuseppe Morchio, ex-executivo da fábrica italiana de pneus Pirelli, entrou para a Fiat em março de 2003. Na época, sua nomeação aconteceu para agilizar o processo de transição na empresa e reduzir as especulações de quem seria o ocupante da vaga. Ele, que era o principal executivo do grupo e postulava o cargo de presidente, será conselheiro da Fiat.
“A mudança no comando do grupo foi uma decisão tomada hoje [ontem] pelo conselho de administração”, afirmou Morchio.
As alterações devem ocorrer também na vice-presidência, que será ocupada por John Elkann -que tem nas mãos boa parte da cota de 30,4% pertencente à família Agnelli.
Além disso, o filho de Umberto, chamado Andrea Agnelli, deverá ocupar uma vaga no Conselho de Administração do grupo.
A decisão de nomear Montezemolo para a presidência da indústria automobilística foi baseada no trabalho do executivo na Ferrari. Ele ajudou a reconstruir a marca nos anos 90 e torná-la respeitável. O executivo também é considerado hoje o homem mais importante da F-1.
A Fiat fechou 2003 com um prejuízo de 1,9 bilhão -resultado 55,8% menor do que o contabilizado em 2002.
A unidade de automóveis da empresa registrou prejuízo de 97 milhões.
Folhadinheiro