PIB dos Estados Unidos cresce 3,5% no 3º tri, e país sai da recessão

29/10/2009

O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu 3,5% no terceiro trimestre após uma queda de 0,7% no trimestre anterior, segundo dados do Departamento de Comércio do país. Este número põe fim à chamada recessão técnica, caracterizada por dois trimestres consecutivos de retração na economia.

O dado veio melhor que o esperado pelo mercado. Segundo pesquisa da Reuters, economistas projetavam avanço de 3,3% para o PIB norte-americano entre julho e setembro. Além disso, o crescimento de 3,5% é o melhor em dois anos, já que um percentual maior que este foi observado apenas no terceiro trimestre de 2007, quando o PIB expandiu-se 4,8%.

No primeiro trimestre deste ano, o recuo foi de 6,4%.

Segundo o governo, o resultado recente refletiu as contribuições positivas vindas do consumo das famílias, das exportações, do investimento privado e dos gastos do governo.

Do lado das famílias, os pacotes de ajuda criados pelo governo ajudaram a elevar o consumo, que hoje representa 70% da composição do PIB dos EUA. Esses pacotes são representados, principalmente, pelo "Cash for Clunkers", que estimula a troca de carros usados por novos, além dos empréstimos para a compra da casa própria.

O departamento do Comércio mostra que o setor imobiliário também é um dos que mais mostrou recuperação, tanto em preços como em vendas.

Fim da recessão ainda não é suficiente

Apesar do dado positivo, analistas avaliam que o crescimento não é suficiente para caracterizar o início de uma grande recuperação. A análise é feita com base no desemprego, cuja taxa continua elevada, em 9,8%, somado à queda na confiança do consumidor e à capacidade ociosa da indústria de cerca de 30%.

"Mais importante que o crescimento no terceiro trimestre, é o retorno para o território positivo e o ainda grande declínio dos estoques que sugerem ser necessário aumentar a produção no quarto trimestre e no início de 2010", afirmaram analistas do Société Générale.

Fonte:
Uol Economia
Com informações do Infomoney