Petrolíferas estrangeiras investem para elevar participação no pré-sal
24/12/2010
A SK Energy está de saída. A maior empresa de refino de petróleo da Coreia do Sul vendeu sua participação em três blocos de petróleo no Brasil para a dinamarquesa Maersk Oil por US$ 2,4 bilhões. O negócio garante à Maersk acesso a potenciais reservas do pré-sal na Bacia de Campos, além de produção imediata de petróleo no País. Segundo dados da Agência nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a SK já produz 10 mil barris/dia.
A companhia dinamarquesa por sua vez aumenta sua presença no Brasil, pois já possui participações em blocos exploratórios por aqui, alguns deles em parceria com a OGX. A aquisição da SK Brasil coloca a empresa no campo produtor de Polvo, operado pela Devon, nos blocos BM-C-30 e no BM-C-32, na Bacia de Campos, onde Anadarko e Devon têm descobertas do pré-sal, ainda em avaliação.
A Repsol também aposta no mercado brasileiro para crescer e para isso busca se desfazer de ativos para capitalizar-se e investir no País. Ontem, a companhia deu andamento à estratégia de reduzir sua exposição na Argentina ao anunciar a venda de 3,3% de sua participação na YPF por cerca de US$ 500 milhões. Os compradores foram os fundos de investimento administrados pela Eton Park Capital Management, Capital Guardian Trust Company e Capital International, dos Estados Unidos, que terão o direito de exercer a opção de compra de mais 1,6% adicional na companhia argentina. Cada ação foi negociada por US$ 39.
Se os dois acordos forem concluídos, a Repsol reduzirá sua fatia na YPF para 80%. A tendência é de que venda mais 30%, já que a meta é reduzir esse total para pouco mais de 50%.
Petrobras
Enquanto empresas estrangeiras lutam por uma parcela maior em sociedades no Brasil, a operadora única do pré-sal, a Petrobras, está reorganizando as unidades de produção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comper). Ontem a empresa divulgou a proposta onde pretende incorporar a Comperj Petroquímicos Básicos e a Comperj PET aos ativos da companhia. A proposta será analisada pelos acionistas em assembleia em 31 de janeiro.
Fonte:
DCI