Petrobras tem reservas para abastecer país por 19,5 anos

A Petrobras informou nesta sexta-feira que fechou o ano de 2006 com reservas provadas de 15 bilhões de barris de óleo equivalente (somado ao gás) no Brasil e no exterior, o que representa um acréscimo de 0,74% sobre 2005. Somente no país, as reservas da empresa ficaram em 13,7 bilhões de barris de óleo equivalente a um aumento de 3,9%.

Os números referem-se ao critério de avaliação de reservas da Sociedade dos Engenheiros de Petróleo (SPE, na sigla em inglês), utilizado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo).

Segundo nota distribuída pela empresa, a Petrobras conseguiu descobrir 1,74 milhão de barris de óleo equivalente para cada barril produzido em 2006, o que significa que a companhia atingiu um índice de reposição de reservas de 173,9%. Mantido o volume de produção atual, a estatal teria petróleo para operar por mais 19,5 anos, sem crise.

A preços de hoje, o volume de petróleo em mãos da estatal brasileira valem cerca de US$ 650 bilhões – estimativa baseada nas cotações do petróleo nacional, sem contar com as reservas de gás, cujos preços dependem de contratos.

Reservas – A empresa estatal informou ainda que agregou 1,226 bilhão de barris de óleo equivalente às reservas nacionais em 2006, mas produziu 705 milhões de barris durante o ano.

Por isso, houve um acréscimo líquido de 521 milhões de barris de óleo equivalente. Durante o ano passado, a Petrobras descobriu, no país, 10 novos campos de petróleo, incorporou novas reservas a três campos existentes e reviu os volumes de quatro outros reservatórios.

Critérios – Pelos critérios da SEC (Securities Exchange Comission), órgão regulador do mercado de capitais norte-americano, as reservas, porém, são menores: 11,458 bilhões de barris de óleo equivalente no Brasil e no exterior. A empresa explica que, segundo este critério, só pode contabilizar os volumes de gás já com contratos e, na Bolívia, por exemplo, há descobertas ainda não contratadas. Além disso, parte dos campos descobertos na Nigéria ainda não podem ser contabilizados segundo os critérios da SEC.

Ao fim da nota, a estatal afirma que “as propriedades das reservas de hidrocarbonetos pertencem aos seus respectivos Estados Nacionais”, no que pode ser entendido como uma medida preventiva contra queixas de países que passaram por processo de nacionalização do setor de petróleo, como a própria Bolívia. A Petrobras, assim, tem apenas a concessão para operar tais reservas.

Fonte:
JC Online