Pesquisa do projeto True Italian Taste registra mais de 600 produtos agroalimentares italianos falsos no exterior.

O projeto True Italian Taste, promovido e financiado pelo Ministério das Relações Exteriores e Cooperação Internacional e realizado pela Assocamerestero, visa sensibilizar os consumidores sobre o autêntico made in Italy

Em 2021, as exportações do setor agroalimentar atingiram um máximo histórico, sobretudo porque com a Covid a atenção dos consumidores se deslocou para “a qualidade, segurança e sustentabilidade dos produtos”, privilegiando o consumo de made in Italy, em particular de produções certificados. Por outro lado, no entanto, relata o presidente da Assocamerestero, Gian Domenico Auricchio, “as limitações da pandemia favoreceram a proliferação de imitações locais de produtos italianos em muitos países”, o chamado Italian Sounding.

Tanto que as sete Câmaras de Comércio Italianas no exterior presentes na Austrália (Melbourne, Sydney), Brasil (Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo), Polônia (Varsóvia) e Rússia (Moscou) identificaram um total de mais de 600 produtos italianos agroalimentares falsificados em seus respectivos países de referência. Esta é uma das pesquisas que fazem parte do projeto True Italian Taste, promovido e financiado pelo Ministério das Relações Exteriores e Cooperação Internacional e realizado pela Assocamerestero, justamente para a promoção e conscientização dos consumidores sobre o autêntico Made in Italy.

Considerando os mercados mencionados, os produtos mais imitados são os lácteos (23,6%), seguidos por massas (22,8%) e produtos à base de carne (16,3%). Entre as bebidas que representam 13,6% do total, vinhos e espumantes respondem por 11,5%. No entanto, a situação varia de acordo com o país considerado. Especificamente, no Brasil e na Polônia, a especialidade italiana de massas domina (respectivamente 27,1% e 26,3%), enquanto na Austrália e na Rússia mais de um terço é representado por produtos lácteos.

Um número não muda nos quatro países envolvidos: todas as categorias de produtos registraram uma redução nos preços em relação ao produto original italiano disponível. O vinho teve a redução mais significativa (-44,9%), seguido por massas (-32%) e café (-30,3%) na Austrália e Rússia, e por fim pelos condimentos (-29%), que no Brasil e na Polônia podem até custar metade do produto italiano correspondente.

Os produtos não originais são, de fato, vendidos principalmente em grandes redes de supermercados, enquanto as lojas especializadas e boutiques de alimentos e vinhos são um canal de abastecimento residual, com 14% de imitações italianas no Brasil e 12,6% na Austrália. 

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