Pedidos de falência de grandes empresas crescem 6,9% no 1º trimestre

08/04/2010

São Paulo – De janeiro a março desde ano, os pedidos de falência de grandes empresas chegaram a 62, ante 58 no mesmo período de 2009, um aumento de 6,9%. A informação é do Indicador de Falências e Recuperações, pesquisa mensal realizada pela empresa de consultoria Serasa Experian.

De acordo com o economista responsável pela pesquisa, Carlos Henrique de Almeida, o aumento está associado à demanda externa, que ainda não se recuperou plenamente dos efeitos da crise financeira internacional que começou em setembro de 2008, e ao “fato de o real estar valorizado frente ao dólar, estimulando as importações”.

No entanto, ele observou que a economia está crescendo, o que permite melhor desempenho das empresas de médio porte. O segmento apresentou queda de 12% nos pedidos de falência, que passaram de 117 para 103 processos. O mesmo aconteceu com as micro e pequenas empresas,cujos pedidos de falência caíram de 330 no ano passado 319 neste ano, 3,3% a menos.

A pesquisa mostra que, no conjunto dos segmentos, as falências requeridas diminuíram pela metade (50,2%) e o movimento de recuperações judiciais requeridas (em que as empresas tentam renegociar os seus débitos) teve redução de 4,2%.

Com a Nova Lei de Falências no Brasil, criada em 2005, a recuperação judicial substitui a antiga concordata. Seu objetivo é evitar que empresas com condições de sobrevivência, mas que estão passando por dificuldades temporárias, tenham de pedir falência.

Para Henrique Almeida, o desempenho das micro e pequenas empresas ainda esbarra na dificuldade de acesso ao crédito. Ele citou dados do Banco Central que mostram crescimento de 2,7% para as linhas de financiamento aos consumidores, enquanto para aquele segmento empresarial a oferta cresceu apenas l,7%.

Fonte:

Marli Moreira
Da Agência Brasil