Pedidos à indústria sobem 2,3% em maio na Zona do Euro

SÃO PAULO – Os pedidos à indústria da Zona do Euro cresceram 2,3% em maio na comparação com abril, se recuperando das quedas de 0,8% e 1,3% verificadas em abril e março. Na União Européia, houve aumento de 1,5% no quinto mês de 2006, após estabilidade em abril e baixa de 1,1% em março, informou hoje o Eurostat, a agência oficial de estatística do bloco econômico.

Entre maio de 2005 e o mesmo mês deste ano, os novos pedidos à indústria cresceram 14,2% na zona do euro e 13% no bloco europeu como um todo.

Excluindo os pedidos de equipamentos navais, ferroviários e aeroespaciais, o avanço nas encomendas industriais em maio frente a abril foi de 1,9% na Zona do Euro e de 1,4% na União Européia. Na comparação com o quinto mês de 2005, a expansão foi de 16,1% na área da moeda comum e de 15% no bloco europeu.

Entre abril e maio deste ano os pedidos industriais na área de transporte e na de têxteis foram os que tiveram melhor desempenho, subindo 4,3% e 3%, respectivamente, na região da moeda comum. Na UE, as altas foram de 1,8% e 2,9%, na ordem. A principal queda na comparação mensal foi nos pedidos de máquinas e equipamentos, de 0,6% na Zona do Euro e de 0,3% no bloco europeu.

No mês em maio, houve alta nos pedidos em dez países do bloco e queda em seis – dentre aqueles com dados disponíveis. Os destaques de alta foram Irlanda (9,3%), Polônia (5,6%) e Lituânia (5,2%). Apenas a Irlanda utiliza o euro. Em contrapartida, as maiores retrações foram apuradas pela Letônia (-15,8%), Hungria (-9%) e Holanda (-5,7%). Só a Holanda está na Zona do Euro.

Na comparação entre maio deste ano e o mesmo mês de 2005, a maior alta no volume de pedidos foi registrada na área de metais básicos e produtos manufaturados de metal, com crescimento de 27% na Zona do Euro e de 25,6% na UE. Também houve incremento nos pedidos de máquinas e equipamentos: 19,2% na área da moeda comum e de 17,8% no bloco inteiro.

Todos os países da UE registraram altas nos pedidos industriais entre os meses de maio de 2005 e 2006. Os destaques ficaram com a Polônia (32,4%), República Checa (30,9%) e Bélgica (23,3%). Apenas a Bélgica utiliza o euro.

Fonte:
José Sergio Osse
Valor Online