País sob risco de crescer apoiado no setor externo
09/01/2009
São Paulo, 23 de Junho de 2008 – Após cinco anos com superávit em transações correntes, o Brasil inicia uma inversão de rumo para saldos negativos, que tendem a se aprofundar nos próximos anos. A situação traz à tona a discussão dos perigos de o País voltar a financiar o crescimento da economia com recursos externos.
O impacto do rombo nas contas externas sobre a economia divide opiniões. Para o diretor de Estudos Macroeconômicos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), João Sicsú, embora a situação seja diferente hoje, o rombo nas contas externas não deixa de ser um sinal de alerta. “Ter déficit é preocupante. No passado recente tivemos como resultado crises cambiais.” O economista-chefe do banco Santander e ex-diretor da área internacional do Banco Central (BC), Alexandre Schwartsman, argumenta que o País tem uma situação bem mais confortável e que o câmbio flutuante pode proporcionar um ajuste natural.
Hoje o BC divulga os dados do setor externo. Economistas estimam déficit em transações correntes de US$ 16 bilhões a US$ 17 bilhões nos 12 meses até maio. No mesmo período de 2007, houve superávit de US$ 14 bilhões.
Fonte:
Gazeta Mercantil
Ana Carolina Saito e Simone Cavalcanti