Operações de crédito atingem 32,8% do PIB em agosto
09/01/2009
Participação na geração de riquezas cresceu três pontos percentuais nos últimos 12 meses
EXAME As operações de crédito do sistema financeiro atingiram, em agosto, 674,3 bilhões de reais. O valor representa 32,8% do Produto Interno Bruto (PIB), o que indica uma expansão de três pontos percentuais sobre o mesmo mês do ano passado, quando a fatia do crédito correspondeu a 29,8% do PIB. De acordo com o Banco Central (BC), a expansão decorreu sobretudo do crescimento contínuo dos empréstimos a pessoas físicas com recursos livres.
As operações com recursos direcionados – aquelas em que os bancos são obrigados a emprestar um determinado percentual de seu capital a alguns setores, como habitação e crédito rural – somaram 214,8 bilhões de reais em agosto. O valor equivale a um aumento de 0,2% ante julho e de 14,7% sobre agosto do ano passado.
Já as operações com recursos livres representaram a maior parcela das operações – 68,1% do total – e totalizaram 459,5 bilhões de reais. A cifra corresponde a uma alta de 1,1% sobre julho e de 24% nos últimos 12 meses. O principal indutor do crescimento foi a expansão do crédito a pessoas físicas, que somou 223,2 bilhões de reais. Já as operações contratadas com pessoas físicas recuaram 0,1% no mês, devido principalmente à queda dos financiamentos lastreados em moeda estrangeira.
A taxa média de juros prosseguiu a trajetória de queda iniciada em março deste ano. Em agosto, a taxa referencial ficou em 41,8% ao ano, o que representou um recuo de 0,4 ponto percentual ante julho. O custo médio dos financiamentos para pessoas físicas recuou 0,4 ponto percentual também, para 53,9%. De acordo com o BC, trata-se do menor valor da série histórica. A taxa média para as pessoas jurídicas ficou em 27,9%, também com queda de 0,4 ponto sobre julho. É a menor taxa desde outubro de 2002.
A inadimplência, considerando atrasos superiores a 90 dias, apresentou alta de 0,2 ponto percentual e fechou agosto em 5%. A inadimplência das pessoas físicas ficou em 7,6%, e a das pessoas jurídicas, em 2,5%.
Fonte:
Portal Exame