OGX, de Eike Batista, supera Petrobras em leilão histórico

09/01/2009

Rio, 28 de novembro de 2007 – No leilão de maior arrecadação da história do setor de petróleo, ontem, o empresário Eike Batista se destacou ao tirar da Petrobras a condição de empresa que fez os maiores desembolsos. O investimento de US$ 1,4 bilhão em áreas de petróleo e gás já diz por si só como o empresário está entrando no setor. “Troquei ouro por petróleo”, disse Batista a este jornal. A OGX respondeu, sozinha, por 66% da arrecadação do leilão, que somou US$ 2,1 bilhões. Este valor superou as expectativas e é o maior arrecadado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) nas nove rodadas promovidas desde 1999.

Foi a primeira vez na história dos leilões que uma companhia supera a Petrobras, tanto em valor desembolsado pelas concessões quanto em arremates de áreas de elevado potencial. O gerente-executivo de exploração e produção da estatal, Francisco Nepomuceno, afirmou que a companhia investiu cerca de US$$ 196 milhões nesta rodada. Dos 51 blocos que tentou arrematar, perdeu 28, incluindo zonas terrestres, com menores quantidades de óleo e gás. Em áreas terrestres, com reservas menores, a estatal também perdeu para estreantes como a STR, remanescente da Argentina Oil and MS, que participou da sétima rodada, em 2005.

Outras estreantes, além da OGX, foram a Lábrea, a Eagle Star e a Perenco, que se interessaram em especial por áreas terrestres, que demandam menos investimentos e oferecem menos riscos.

A OGX levou 21 blocos exploratórios das bacias de Santos, Campos, Pará-Maranhão e Espírito Santo. Eike Batista ofereceu lances que superaram em 4.000% os valores mínimo estabelecidos pela reguladora das concessões. Dirigida por ex-profissionais da estatal, a empresa combinou menores riscos exploratórios com a proximidade de grandes projetos de logística. “Em Campos procuramos agregar valor à estrutura do nosso porto de Açu (norte fluminense). O mesmo vale para Santos, para o porto local que planejamos (em Peruíbe)”, completou o empresário.

Fonte:
Gazeta Mercantil
Sabrina Lorenzi e Ricardo Rego Monteiro