O Brasil exporta tecnologia para bancos dos EUA

09/01/2009

São Paulo, 25 de Outubro de 2004 – Diebold é pólo mundial e fatura R$ 900 milhões/ano. A Diebold Procomp, líder do mercado nacional de automação bancária, consolidou sua posição de prestadora de serviços – os projetos de terceirização já garantem 30% de sua receita anual – e abriu um promissor canal de exportação que aproveita a competitividade de suas duas fábricas de Manaus (AM) e alcança a matriz da empresa, nos Estados Unidos.

O resultado do redirecionamento estratégico da empresa no País é um crescimento de 35% em 2004, que elevará seu faturamento para R$ 900 milhões.

A subsidiária local da Diebold (empresa norte-americana que comprou a brasileira Procomp em 1999) acaba de ser escolhida como pólo produtor mundial de dispensadores de cédulas e módulos depositários dos caixas eletrônicos (ATM) da linha Opteva.

Também se situou como uma importante exportadora de cofres. E, por fim, inspirou a Diebold em todo o mundo a criar uma vice-presidência de terceirização (outsourcing) que já fechou seu primeiro contrato no Canadá. “O sistema bancário brasileiro é o número um do mundo (em tecnologia)”, afirma o presidente da Diebold Procomp, João Abud Júnior. “E a Diebold tem levado as soluções locais para outros países.”

As exportações de cofres e de módulos de auto-atendimento vão render cerca de US$ 2 milhões em 2004 para a Diebold Procomp. Em 2005, a receita com vendas externas deverá saltar para US$ 5 milhões. Seis mil módulos e 5 mil cofres serão exportados neste ano. A fábrica de cofres de Manaus tem capacidade para produzir cerca de 14,5 mil unidades anuais. “Estamos operando em dois turnos, mas podemos rapidamente expandir a produção”, afirma Abud.

A Diebold mundial até agora não se situava como uma prestadora de serviços. Foi a experiência brasileira que levou a empresa a incluir a terceirização em sua rotina de negócios. Em vez de vender ATM, a empresa passou a alugá-los, assumiu os serviços de manutenção, gerenciamento e reposição do numerário, e fixou sua remuneração por transação efetuada.

O modelo de negócio inclui a atualização tecnológica dos caixas eletrônicos, que têm um ciclo de vida que varia de cinco a sete anos. A terceirização representava há dois anos só 6% da receita da empresa no País. Subiu para 18% em 2003. E hoje garante quase um terço.

Gazeta Mercantil
Vicente Vilardaga
25/10/2004