Nordeste tem a maior taxa de inadimplência da pessoa física do País, revela BC
19/12/2009
SÃO PAULO – O Nordeste detém a maior inadimplência da pessoa física no Sistema Financeiro Nacional, revelou o Boletim Regional do Banco Central divulgado nesta sexta-feira (18).
A inadimplência considerada é a parcela das operações de crédito em atraso superior a 90 dias. Os dados foram coletados no CEP dos devedores, segundo as estatísticas do SCR (Sistema de Informações de Crédito), que abrangem operações com saldo superior a R$ 5 mil, representando 88% do SFN.
Cada regiãoNo Nordeste, a taxa de inadimplência da pessoa física ficou em 6,68% em agosto de 2009, com crescimento de 0,38 ponto percentual em 12 meses.
O Norte não ficou muito atrás, com uma taxa de inadimplência de 6,64% no oitavo mês deste ano, após uma alta de 1,61 ponto percentual em 12 meses, com ênfase para as contribuições derivadas dos atrasos nos contratos de arrendamento mercantil, financiamento de veículos e crédito pessoal (exceto consignado).
O Centro-Oeste registrou em agosto deste ano uma taxa de inadimplência à pessoa física de 6,28%, com o maior aumento entre as regiões em 12 meses, de 2,01 pontos percentuais. Neste caso, as pressões vieram do arrendamento mercantil e do crédito rural.
No caso do Sudeste, o aumento em 12 meses foi de 1,35 ponto percentual na inadimplência da pessoa física, chegando a uma taxa de 5,72%. O aumento decorreu, principalmente, nas modalidades de arrendamento mercantil – que se destacou como opção de compra de veículos em 2008 -, empréstimo de cartão de crédito e crédito pessoal (exceto consignado).
O Sul registrou a menor inadimplência no período, com uma taxa de 4,65% em agosto deste ano, apesar de ter registrado uma alta de 1,26 ponto percentual em 12 meses.
A criseO BC revelou que as taxas de inadimplência registravam quedas até o segundo semestre de 2008, quando, em um ambiente de deterioração das expectativas e das condições dos mercados financeiros, passaram a apresentar trajetória crescente.
A redução antes da crise estava ligada a um cenário de expansão das carteiras de crédito, enquanto o aumento assinalado a partir de setembro de 2008 traduziu, em especial, o impacto da escassez de linhas, principalmente no caso das pessoas jurídicas.
Fonte:
Info Money