MPE’s se adestram para mercado externo

09/01/2009

São Paulo, 27 de Setembro de 2004 – IPT ajusta produtos às exigências do importador.

Uma força-tarefa empreendida durante sete meses por engenheiros do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) habilitou a Sassy Confecções a disputar o concorrido mercado externo no segmento moda bebê (de recém-nascido a um ano de idade).

Ela faz parte do seleto grupo de oito empresas de um total de 15 instaladas no município de Amparo, no interior paulista, que estão adequando seus produtos às exigências dos consumidores internacionais.

No caso da Sassy foi necessário inclusive mudar o fornecedor de sua principal matéria-prima, a malha de algodão. O tecido não passou nos testes de flamabilidade, de encolhimento, de descoramento, entre outros, feitos para obter a certificação para o mercado norte-americano.

O time de engenheiros faz parte do Programa de Apoio Tecnológico à Exportação (Progex), criado pelo IPT de São Paulo, e conta com apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Sebrae-SP e da Secretaria da Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo. Hoje o programa ganhou abrangência nacional.

A adequação a normas e especificações exigidas por selos e certificações internacionais é hoje um dos maiores entraves para a inserção de pequenas e médias empresas no mercado internacional, afirma Mari Tomita Katayama, coordenadora do programa.

Esse ajuste reveste-se de grande importância, uma vez que as barreiras tarifárias estão sendo substituídas por barreiras não-tarifárias, como selos e certificações, diz Mari. Ostentar a marcação CE, por exemplo, abre as portas não só dos países integrantes da União Européia (UE) como os do Oriente Médio e da África, enfatiza. Para analisar as “não-conformidades”, o IPT lança mão de seus 72 laboratórios de avaliação.

Um total de 540 empresas foram atendidas nos últimos cinco anos, 30% do segmento médico, hospitalar e odontológico.

Gazeta Mercantil
Tânia Nogueira Alvares
27/9/2004