Micro e pequenas empresas elevam exportação em 30,1%

09/01/2009

São Paulo, 27 – No ano passado, as exportações das micro e pequenas empresas cresceram 30,1% no comparativo com 2002, passando de US$ 1,33 bilhão para US$ 1,74 bilhão.

No mesmo intervalo, as vendas externas das médias empresas aumentaram 25,5%, de US$ 4,6 bilhões para US$ 5,8 bilhões, de acordo com dados da Secretaria de Comércio exterior (Secex). Para 2004, porém, a expectativa é ainda melhor. Mais ainda se forem levados em conta exemplos como a pouco conhecida indústria de madeiras Butzke, de Timbó, em Santa Catarina.

As exportações dessa companhia, no primeiro semestre, somaram US$ 4,0 milhões, montante 55% superior ao do mesmo período de 2003, quando vendeu US$ 2,6 milhões para o mercado externo. Além dos mercados tradicionais, como Alemanha, Estados Unidos, Canadá e Espanha, cujas exigências sociais e ambientais são extremamente altas, a Butzke não só conquistou mercado na Irlanda e no Haiti como ampliou as suas vendas para a Argentina, México e Colômbia. Para isso, a Butzke teve de fazer lançamentos e inovações de móveis para jardins. Este mês, as suas exportações já superaram em quase três vezes a previsão inicial.

O grupo Kepler Weber fez, em meados deste mês, o seu primeiro embarque de torres metálicas para o México, num montante de US$ 4,8 milhões. O negócio de 460 torres para distribuição de energia foi fechado com a Techint, que vai utilizá-las num trecho de 180 quilômetros entre Tepic e Mazatlán. Esse primeiro grande negócio da Kepler Weber deve, de acordo com a empresa, potencializar a sua unidade industrial em Panambi, no Rio Grande do Sul. A empresa, que atua nesse mercado desde 2000, tem capacidade para produzir 1,2 mil toneladas por mês.

Outra empresa que está comemorando a expansão do mercado externo é a MWM, líder na fabricação motores diesel para veículos no Mercosul, onde detém 27% do mercado. De janeiro a julho, a empresa equipou 33 mil unidades, ou 18% a mais do que no mesmo intervalo de 2003. De acordo com a empresa, o segmento de picapes (S10 e Blazer da GM, Frontier e Xterra da Nissan e F-250 da Ford) foi um dos responsáveis por esse resultado.

Para a empresa, o crescimento no nível de atividade no Brasil deve provocar também o aumento do consumo no mercado interno e, com isso, uma maior demanda por transporte de carga e de passageiros, com o qual a demanda por motores diesel também deve crescer. “Essa tendência deve ocorrer também nos países do Mercosul”, diz Marcos Gonzales, gerente de vendas da MWM.

Agencia Estado Setorial