Mercado prevê inflação maior e crescimento menor neste ano
09/01/2009
Os analistas consultados pelo Banco Central (BC) elevaram sua estimativa para o índice oficial de inflação deste ano, o IPCA, e previram redução no PIB (que mede o crescimento do país).
Pelo relatório de mercado mais recente, feito na semana passada e divulgado nesta segunda-feira, o prognóstico é que a inflação pelo IPCA alcance 3,08% e não 3,05% como calculado antes.
Apesar da alta, a estimativa continua abaixo da meta estipulada para 2006, de 4,5%. Com relação a 2007, a previsão é de que o indicador fique em 4,1% em vez de 4,12%, também abaixo do centro da meta.
O mercado revisou para baixo sua previsão para o crescimento da economia brasileira neste ano, de 2,97% para 2,95%.
Para o ano que vem, analistas e economistas consultados estimam expansão de 3,5%, mesmo índice apurado pela pesquisa anterior.
O mercado aposta numa redução de 0,5 ponto percentual no juro básico da economia (taxa Selic) na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) deste mês, que ocorrerá nos dias 28 e 29. Isso levaria os juros anuais para 13,25% (atualmente estão em 13,75%).
Inflação
Além do IPCA, que é o indicador da inflação “oficial”, os analistas de mercado também fizeram previsões sobre outros índides.
A projeção para o IGP-M deste ano, por exemplo, é de incremento de 3,75% e não de 3,67% como apresentado uma semana atrás. O IGP-M regula reajustes de aluguel e energia.
O IGP-DI deste ano deve ter aumento de 3,77% e o IPC da Fipe deve subir 1,84%. No documento passado, essas cifras correspondiam a 3,70% e 1,82%, respectivamente.
Para novembro, a perspectiva é de que o IPCA aumente 0,35%, percentual idêntico ao divulgado uma semana antes. A mediana das estimativas para o IGP-DI é de alta de 0,45% e a para o IGP-M é de elevação de 0,63% em vez do 0,40% e do 0,55% previstos antes. O IPC da Fipe deve ter acréscimo de 0,40% em vez de 0,39%.
As expectativas referentes a dezembro são de um IPCA de 0,36% e de um IGP-DI de 0,35%. No relatório anterior, a previsão era de crescimento de 0,35% e 0,33%, na ordem. O IGP-M deve expandir-se 0,35% e o IPC da Fipe deve ganhar 0,36%, sem alteração.
Fonte:
Uol Economia
Reuters e Valor Online