Menos álcool na gasolina não garante preço menor
09/01/2009
São Paulo, 22 de Fevereiro de 2006 – A decisão do governo de reduzir de 25% para 20% a mistura do álcool anidro à gasolina tipo C não terá impacto significativo nos preços do álcool hidratado na bomba, acreditam alguns analistas. Ao contrário, o efeito pode ser negativo para a economia popular. Cálculo da pesquisadora Heloisa Lee Burnquist, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Esalq-USP), mostra que a gasolina pode ficar R$ 0,06 por litro mais cara (2,83%).
O analista Júlio Maria Martins Borges, da Job Consultoria, acredita inclusive que, com essa medida, o governo está contribuindo para ampliar os excedentes para que os usineiros acelerem as exportações de álcool e ampliem seus ganhos com os valores ofertados no mercado internacional.
O presidente da União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica), Eduardo de Carvalho, não considera a medida represália pelo fato de os empresários não cumprirem o acordo de manter o teto de R$ 1,05 o litro para o preço do álcool hidratado. “Tudo o que favorece o consumidor nos interessa”, afirmou.
Fonte:
Gazeta Mercantil/1ª Página
Isabel Dias de Aguiar