Mattarella: ‘Não existe segurança sem respeito aos direitos’
18/12/2018
Mattarella: 'Não existe segurança sem respeito aos direitos'
18 DE DEZEMBRO DE 2018
O chefe de Estado recebeu o corpo diplomático no Quirinal. 'Unilateralismo é uma derivação que deve ser interrompida'
"Não se pode garantir segurança às populações se não se respeitam os direitos humanos: para o mundo ser mais seguro é preciso igualdade e liberdade"; disse o presidente Sergio Mattarella recebendo o corpo diplomático no Palácio do Quirinal.
O chefe de Estado também interviu falando da UE e da Constituição. "Um vácuo político – disse falando sobre a Europa – que paralisasse neste momento o velho continente e o impedisse de desempenhar um papel útil nas relações internacionais sejam políticas, econômico-financeiras, comerciais, criaria um grande desequilíbrio, comprometendo o horizonte de progresso de todo o planeta".
O unilateralismo – disse em outro momento – é "uma derivação que deve ser interrompida: para cada acordo sobre o controle dos armamentos, especialmente se nucleares, que é posto em discussão, é preciso dar vida a um novo tratado, atualizado em termos de mudanças estratégicas e tecnológicas realizadas. Às vezes, se ouvem críticas sobre a ineficácia das regras da ordem multilateral. Tais regras podem ser utilmente atualizadas ou substituídas, mas não removidas: pertencer à comunidade internacional não pode ser algo parcial ou intermitente". Foi o que disse o presidente Sergio Mattarella em um discurso no Quirinal totalmente centrado na força da Europa, nos perigos do isolamento e nos danos das escolhas de cunho unilateral.
"O sucesso extraordinário" do caminho europeu "em termos, principalmente, de paz, bem estar e desenvolvimento social – é a confirmação do fato que a Europa é, antes de tudo, uma comunidade de valores, baseada no respeito à dignidade humana, à democracia, à igualdade e à prevalência do direito. Alguns limites encontrados na experiência da UE não ofuscam, de nenhuma maneira, o resultado oferecido aos seus povos e à toda comunidade internacional".