Juros podem cair hoje, mas Brasil segue no topo do ranking mundial

09/01/2009

Mesmo que o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) confirme a expectativa do mercado e reduza a taxa Selic em 0,5 ponto percentual nos juros, ao ser anunciada hoje, o Brasil se manterá como o campeão mundial dos juros reais.

O relatório Focus (pesquisa semanal realizada pelo BC) apontou, na última segunda-feira, a maioria dos investidores e analistas espera a redução da taxa Selic de 14,25% para 13,75%. Até o final do ano, ainda haverá outro encontro da autoridade monetária. E a projeção é de um novo corte de 0,25 ponto percentual.

Segundo a UpTrend Consultoria Econômica, em reportagem publicada no jornal Folha de S. Paulo desta quarta-feira, a taxa básica brasileira teria de sofrer redução de 3,75 pontos percentuais para que o país deixasse a liderança do ranking mundial. A Turquia, que aparece como segunda colocada, conta com juros reais de 6,2% ao ano.

Se o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) decidisse impressionar o mercado e optasse por cortar a taxa Selic em 1 ponto percentual (para 13,25% ao ano), os juros reais ficariam em 8,8%, ainda disparados os mais elevados do planeta.

Na comparação com outros países latino-americanos, o Brasil está bem à frente no quesito juros reais. Os mais próximos a aparecerem no ranking são o México (com taxa real de 2,8% ao ano) e o Chile (com 2,1% anuais).

Quando é levada em consideração apenas a taxa de juro nominal, o Brasil desce à terceira posição. Turquia e Venezuela aparecem em primeiro e segundo lugares, com juros nominais de 17,50% e 16,11%, respectivamente.

Os juros na Turquia sofreram fortes elevações nos últimos meses, com o país atravessando um período de pressão inflacionária acima do desejado pelo governo.

Fonte:
Invertia