Juros: BC persiste no erro, aponta Fiesp
11/09/2008
SÃO PAULO, 10 de setembro de 2008 – O aumento de 0,75 ponto percentual na Selic é um grave erro, de acordo com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). "No mesmo dia em que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informa crescimento de 6,0% do PIB no primeiro semestre de 2008, um ensaio ainda tímido quando olhamos os demais países emergentes, o Banco Central persiste no erro de comprometer o futuro do Brasil´, diz um comunicado da entidade.
De acordo com a Fiesp, na reunião anterior do Comitê de Política Monetária (COPOM) a sociedade ouviu a justificativa para novo aumento dos juros: frear a inflação. "O problema é que, como alertamos há meses, não se tratava de uma inflação interna, mas sim importada do exterior em razão dos preços das commodities internacionais, particularmente alimentos. Os preços caíram lá fora, a inflação se acomodou aqui no Brasil e o prejuízo está causado com os juros ainda mais salgados."
A entidade afirma que o governo repete a dose hoje, "mantendo-nos com uma das maiores taxas de juros do planeta. Como se uma sucessão de erros representasse um acerto. Um equívoco que nos custa muito caro, como registra a elevação da dívida pública, para mencionar apenas uma das muitas conseqüências dessas seguidas altas da taxa Selic."
"De nada adianta falarmos de políticas de desenvolvimento, de resgate da dívida social se, cada vez mais, pelo ralo da dívida interna escoa a fatura perversa de crescentes aumentos de juros. E o pior, sem a menor necessidade", afirmou Paulo Skaf, presidente da Fiesp.
Fonte:
InvestNews
JB Online