Investidores avaliam crescimento do PIB e dólar sobe

09/01/2009

SÃO PAULO, 10 de junho de 2008 – O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no primeiro trimestre é o ponto alto da agenda e deve ditar o rumo dos negócios. Nos mercados, o clima é de cautela.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a economia doméstica cresceu 5,8% nos três primeiros meses de 2008 em termos anualizados. Em relação ao quarto trimestre de 2007, a taxa se expandiu 0,7%.

No câmbio, o fluxo de recursos e comportamento das commodities também podem interferir no preço. Instantes atrás, o dólar comercial subia 0,31%, cotado a R$ 1,630 na compra e R$ 1,632 na venda. Mais cedo, a moeda oscilou entre a mínima de R$ 1,631 e a máxima de R$ 1,633. Na véspera, a divisa recuou a R$ 1,627 na venda, ancorada na expectativa de que os juros devem continuar subindo para controlar a inflação, o que reforça os ingressos de recursos.

Nos EUA, o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke voltou a falar sobre inflação e atribuiu a alta de preços às commodities. Neste sentido, o chairman deixou claro que o banco central dos Estados Unidos agirá para evitar o contínuo avanço dos preços. O discurso reforçou a visão de que o Fed pode voltar a aperto o juro ainda neste ano. Já o secretário do tesouro, Henry Paulson, defendeu intervenções no mercado de câmbio para estabilizar o dólar, o que ajuda a manter os mercados em queda nesta terça.

Para os analistas da LCA Consultores, a evolução das commodities, sobretudo a do petróleo, ainda é o principal fator a condicionar as expectativas de inflação e a trajetória do juros por aqui. E neste cenário, os investidores focam suas atenções na ata do Comitê de Política Monetária (Copom) que será apresentada na quinta-feira. Muitos aguardam no documento sinalizações sobre a extensão do ciclo.

Entretanto, segundo a consultoria, o BC manterá um tom conservador, assinalando a sua preocupação com as pressões de custos num ambiente econômico ainda aquecido, mas sem trazer comentários prospectivos sobre a velocidade e a duração do ajuste da Selic.

Fonte:
Simone e Silva Bernardino
InvestNews