Inflação oficial sobe 5,31% no ano e passa meta do governo
09/01/2009
A inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado como referência pelo governo, registrou variação de 0,55% em novembro e chegou a 5,31% no ano, percentual acima do estipulado como meta oficial, de 5,1%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE.
O resultado de novembro ficou abaixo da taxa de 0,75% registrada em outubro. Em novembro de 2004 a taxa mensal fora 0,69%. Na comparação anual, a variação do índice acumulada também foi menor do que os 6,68% registrados em igual período de 2004.
O acumulado dos últimos doze meses ficou em 6,22%, inferior aos 6,36% apontados nos doze meses imediatamente anteriores.
A redução do IPCA em novembro deveu-se à desaceleração nos preços dos itens ligados aos Transportes: em outubro, o grupo atingiu 2,21% e foi responsável por 65% do índice. Já em novembro, baixou para 0,66%.
Após os aumentos de setembro (3,36%) e outubro (4,17%), ligados aos reajustes nas refinarias, a gasolina apresentou variação residual de 0,83%. O álcool, que, em outubro, havia concentrado alta de 10,48%, teve crescimento de preços mais moderado: 2,52%.
Além dos combustíveis (de 5,35% em outubro para 1,15% em novembro), o menor crescimento das taxas das passagens aéreas (de 11,06% para 5,04%) e dos ônibus urbanos (de 1,10% para 0,64%) fizeram a despesa com Transportes subir menos.
Nos ônibus urbanos, a variação de 0,64% se deve às regiões de Goiânia (9,09%), Recife (5,33%) e Salvador (1,8%). Em Goiânia, o reajuste foi de 20% a partir de 12 de outubro; em Recife, de 10% em 11 de novembro; e em Salvador, de 13,3% a partir de primeiro de outubro.
Outros itens, por outro lado, tiveram variações maiores de um mês para o outro. O principal impacto (0,06 ponto percentual) ficou com a energia elétrica, com 1,3% (0,51% em outubro). A alta decorreu, principalmente, de aumentos nas contas das regiões metropolitanas do Rio de Janeiro (5,15%), Fortaleza (3,37%) e Porto alegre (2,17%). No grupo Alimentação e Bebidas, a taxa saiu de 0,27% para 0,88%.
O IPCA mede a variação dos preços para famílias com renda de até 40 salários mínimos nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Brasília e Goiânia.
Hoje o IBGE divulgou também o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que tem a mesma metodologia do IPCA mas mede os custos para famílias com renda de até 8 salários mínimos.
O INPC subiu 0,54% em novembro, ante crescimento de 0,58% em outubro.
Fonte:
Onvertia