Inflação de 1,24% em janeiro é a maior em 12 anos e estoura limite da meta

06/02/2015

O Brasil fechou o primeiro mês de 2015 com inflação de 1,24%, a maior desde fevereiro de 2003, quando ela subiu 1,57%.

Em 12 meses, o aumento dos preços chegou a 7,14% e estourou o limite da meta definida pelo governo.

As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (6) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O objetivo do governo é manter a inflação em 4,5% ao ano, com tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos –ou seja, pode variar entre 2,5% e 6,5%.

Se a inflação passar desse teto, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, tem que fazer uma carta aberta explicando o motivo do descumprimento da meta.

Inflação acumulada de 27% no primeiro governo Dilma

Em 2014, a inflação fechou em 6,41%, dentro do limite da meta, puxada principalmente pelos preços de alimentos e moradia.

A última vez em que houve estouro da meta foi em 2003, primeiro ano do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando a inflação encerrou a 9,3%.

Em 2011, ano em que Dilma assumiu o governo, o índice ficou exatamente no limite máximo do objetivo.

No primeiro mandato da presidente Dilma, a inflação brasileira somou 27,03%, com alta anual média de 6,17% ao ano.

Inflação e juros

O governo tem sido criticado por deixar a inflação girar acima do centro da meta por mais de quatro anos. A nova equipe econômica da presidente Dilma Rousseff, encabeçada por Joaquim Levy no Ministério da Fazenda, começou anunciando medidas de aperto fiscal, como . 

Na última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, subiu a taxa básica de juros (Selic) de 11,75% para 12,25% ao ano. 

A Selic é usada pelo BC para tentar controlar o consumo e a inflação, ou estimular a economia. Quando os juros sobem, as pessoas tendem a gastar menos e isso faz o preço das mercadorias cair, controlando a inflação, em tese. Por outro lado, juros altos seguram a economia e fazem o PIB (Produto Interno Bruto) ficar baixo.

(Com Reuters)

 

Fonte:
Uol