Indústria vai terceirizar plantação de florestas

09/01/2009

São Paulo, 13 de Outubro de 2004
– O setor de papel e celulose, que há anos investe em áreas próprias de reflorestamento, decidiu partir para a terceirização. “A indústria não tem condições de dar conta da crescente demanda pela madeira de reflorestamento”, diz Carlos Augusto Lira Aguiar, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Florestas Plantadas (Abraf), entidade que reúne empresas como Aracruz, Klabin, Votorantim Celulose e Papel (VCP) e Acesita.

A alternativa é incentivar pequenos produtores a plantar em solos de baixa fertilidade, onde o eucalipto se adapta muito bem. O maior obstáculo é o financiamento: nem o eucalipto nem o pinus são contemplados pelo Plano de Safra. O custo de plantio e manutenção é elevado e o eucalipto leva sete anos para ser colhido. Por isso, o setor pede financiamento ao governo, via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para estimular o plantio.

No corte do eucalipto, o agricultor pode ter um lucro de R$ 3 mil a R$ 3,5 mil por hectare colhido, ganho que pode ser maior até mesmo que o da soja em ano de preços baixos, como este.

Gazeta Mercantil
Lucia Kassai
13/10/2004