Indústria automobilística bate recorde de produção e vendas dos últimos 50 anos
09/01/2009
São Paulo – A indústria automobilística produziu e vendeu em maio, e no acumulado dos cinco primeiros meses do ano, mais do que nos últimos 50 anos. Dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgados hoje (6) revelam números que são os melhores da série histórica, iniciada em 1957, segundo a entidade.
De acordo com o presidente da Anfavea, Jackson Schneider, o resultado pode ser atribuído à estabilidade macroeconômica, à confiança do consumidor na economia, às condições de previsão a longo prazo e disponibilidade de crédito, o que possibilita uma prestação mais baixa e acessível ao consumidor. “Esse conjunto de fatores permitiram o crescimento do mercado interno”.
Em maio, a produção aumentou 15,9% em comparação com abril (258.911 veículos contra 223.304) e 7,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando foram produzidas 241.600 unidades. No acumulado do ano, foram montados 1.137.966 veículos, 5,8% a mais do que no mesmo período de 2006 (1.076.001).
Também houve recorde de vendas nos dois períodos abordados: 211.145 mil em maio (contra 179.320 em abril e 164.132 mil em maio de 2006) e 883.611 no ano, contra 712.841 mil no mesmo período do ano passado.
O nível de emprego também melhorou, mas não no mesmo ritmo: 110.683 vagas foram preenchidas em maio, 1,3% a mais que em abril e 3,1% a mais que em maio de 2006. Schneider afirmou que o emprego tem crescido nos últimos meses, mas justificou que entre o anúncio da vaga e a contratação, há um tempo de avaliação dos candidatos.
“Se analisarmos os números, vemos crescimento de empregos da ordem de 1.400 em um mês. E há uma expectativa, em relação aos anúncios efetivados, de que vamos ter um novo crescimento no mês que vem”, considerou Schneider.
As exportações aumentaram em relação a abril (20,9%), mas caíram na comparação com maio do ano anterior (7,6%). No acumulado do ano, a retração é de 10,7%. “A queda demonstrada é importante e é influenciada pela apreciação do real. Esse é um tema que temos que avaliar e junto com as autoridades responsáveis, buscar a construção de soluções”, avaliou Schneider. Para ele, uma das soluções é a garantia de competição do veículo brasileiro. “Nosso produto tem que ter a condição de competitividade em grau de igualdade com os produtos de outros mercados”.
Fonte:
Portal Fator Brasil
Flávia Albuquerque/ABr