Inadimplência de consumidor sobe 13,5% em 2005, diz Serasa
09/01/2009
A inadimplência dos consumidores aumentou 13,5% em 2005 em relação a 2004, mostra levantamento da Sersa. Segundo nota distribuída pela entidade, ao longo do ano, houve maior comprometimento da renda da população com parcelas do crédito consignado -cuja evolução foi de 97,8% até novembro- e com financiamentos oferecidos pelo comércio para compra de bens duráveis, como TVs e geladeiras.
Esse cenário propiciou o acúmulo de compromissos que, aliado ao aumento da carga tributária também na pessoa física e aos juros ainda elevados, afetou o controle orçamentário.
Segundo a Serasa, o crédito para pessoas físicas deve fechar 2005 com uma evolução real de 32,46% (descontada a inflação pelo IPCA). A conclusão é que, apesar de ter havido alta, a inadimplência cresceu num ritmo menor que o crédito.
A redução do desemprego, o aumento das contrações com carteira assinada e a melhoria na massa salarial foram os atenuantes da inadimplência do consumidor, na avaliação da Serasa.
Cartões lideram
De acordo com a Serasa, em 2005, as dívidas com cartões de crédito e financeiras tiveram o maior peso na inadimplência das pessoas físicas, com participação de 34,4%. Depois, vêm os cheques sem fundos, com 33%. Em terceiro lugar, ficaram as dívidas com bancos, que tiveram peso de 29,9% na inadimplência dos consumidores em 2005. Os títulos protestados representaram 2,7%.
O valor médio dos cheques sem fundos foi de R$ 534,11. As dívidas médias com o cartões de crédito e financeiras ficaram em R$ 266,41.
O Indicador Serasa de Inadimplência Pessoa Física reflete o comportamento da inadimplência em âmbito nacional.
Fonte:
Uol Economia