Importações de bens de consumo batem recorde histórico em 2006
09/01/2009
BRASÍLIA – Automóveis, eletrodomésticos, roupas, bebidas, perfumes, móveis. ” Nunca o brasileiro importou tantos bens de consumo ” , aproveitando o dólar barato. A afirmação foi feita pelo secretário de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Armando Meziat, ao divulgar o aumento de 42,2% nessas importações acumuladas até setembro, sobre igual período de 2005, com a cifra recorde de US$ 8,49 bilhões.
” Tem gente que acha ruim importar bens de consumo ” , comentou Meziat. ” Eu não acho, se a importação é leal, pois ajuda a contrabalançar a demanda ” , disse ele.
A participação dos bens de consumo em relação ao total de importações do ano subiu de 11,1% para 12,7%. Há uma divisão quase igualitária entre bens não-duráveis (US$ 4,2 bilhões) e não-duráveis (US$ 4,29 bilhões).
Nessa última categoria, os automóveis ganham disparado, com aumento de 143,5% de janeiro a setembro, no total de US$ 1,28 bilhão ante US$ 531 bilhões em igual período do ano passado.
Somente em setembro, a importação de automóveis cresceu 179,5% sobre o mesmo mês de 2005, vindos da Argentina, Alemanha e México, principalmente. O que levou a uma variação de 64,3% na compra externa de bens duráveis em geral.
Mas móveis e aparelhagens domésticas também subiram 50,1% no mês passado; vestuário aumentou 90,3%; bebidas e tabaco, 72,6%.
O secretário destacou que há um aumento na importação de todo o tipo de produtos, de bens de capital a insumos, com um aumento global de 23,3% de janeiro a setembro, e previsão de alta de 24% em 2006 sobre 2005.
Produtos americanos são a preferência dos brasileiros. O maior volume de importações veio dos Estados Unidos (US$ 10,8 bilhões gastos neste ano), seguidos pela Argentina (US$ 5,7 bilhões), China em terceiro (US$ 5,6 bilhões), Alemanha em quarto lugar (US$ 4,9 bilhões e a Nigéria em quinto, com US$ 2,97 bilhões vendidos ao Brasil neste ano.
O país já gastou a cifra recorde de US$ 66,7 bilhões com importações totais até setembro, mas também acumulou US$ 100 bilhões em exportações, outro patamar histórico. O saldo acumulado da balança comercial no período é de US$ 34,0 bilhões.
Fonte:
Azelma Rodrigues
Valor Online