Importação cresce para driblar aumento de custo
09/01/2009
2005 – Insumos nacionais mais caros que similares importados tendem a reduzir empregos. O presidente da WEG, de Jaraguá do Sul (SC), Décio da Silva, diz que a atual conjuntura econômica brasileira permitiu um acréscimo de 35% nas importações de matérias-primas e componentes, que fecharam em US$ 15 milhões entre janeiro e maio deste ano. Silva afirma que as compras no exterior, sobretudo de cobre, além de uma grande quantidade de rolamentos, componentes eletrônicos e materiais isolantes, são uma das principais medidas da empresa para manter as vendas, ameaçadas pelo dólar baixo, e cumprir as metas orçamentárias para 2005.
“Estudamos a importação de outros itens, como os de aço redondo para fabricação de eixos, para tentar compensar a perda de competitividade”, diz Silva.A iniciativa da WEG não é isolada. O diretor da Cerâmica Santa Terezinha, Humberto Barbato, informou que está aumentando a compra no exterior de itens de fundição para isoladores elétricos para viabilizar a exportação. Hoje, cerca de 60% desses insumos já são comprados fora do País, afirmou Barbato.
A queda nas encomendas dos clientes, quer pela menor exportação quer pelo aumento de compras no mercado externo, é um dos principais motivos para a decisão dos sócios da Wetzel, de Joinville (SC), de colocar 700 funcionários que trabalham na divisão de eletroferragens em férias coletivas de 15 dias a partir do próximo dia 20.
O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Newton de Mello, reconhece que algumas indústrias buscam equilíbrio financeiro por meio das importações, mas de uma certa parte de insumos, já
Gazeta Mercantil
Juliana Wilke, Rita Karam e Iolanda Nascimento
13/06/2005