IL BRASILE NUOVA FRONTIERA PER I CREDITI DI CARBONIO
27/10/2022
Potenziale da 72miliardi di dollari. Vola il mercato volontario.
di Patrizia Antonini (ANSA)
O Brasil é candidato a ser líder no mercado de crédito de carbono, e tem corrido para comprar florestas na Amazônia, oportunidade para a qual algumas realidades italianas olham com interesse, e uma oportunidade de salvaguardar o pulmão verde do mundo, de acordo com o “Mecanismo de Desenvolvimento Limpo” introduzido pelo protocolo de Quioto.O mercado brasileiro está crescendo, podendo valer até 72 bilhões de dólares até 2030, segundo dados da organização sem fins lucrativos dos EUA, Environmental Defense Fund. E como explica o embaixador italiano no Brasil, Francesco Azzarello, enquanto aguarda a gigante do ouro verde “para aprovar a lei que rege o mercado regulamentado de créditos de carbono no modelo europeu, as empresas ainda podem recorrer ao mercado voluntário comprando terrenos, certificando a emissão de créditos por empresas internacionais e colocando-os no mercado”.
Segundo o diplomata, “o Brasil é candidato a se tornar um dos países exportadores de crédito mais importantes do mundo” nesse mercado. “E já existe um interesse empresarial italiano concreto”, mesmo que – ele destaca – tenho a impressão de que as oportunidades não são bem conhecidas por todos”. De acordo com o relatório “Estado e Tendências de Preços de Carbono 2022” do Banco Mundial, em 2021 esse mercado global atingiu um valor recorde de 84 bilhões de dólares, um aumento de 60% em relação a 2020. Um crescimento exponencial que parece ainda mais evidente em relação ao Brasil, onde o volume de créditos voluntários de carbono, gerados em 2021, aumentou 236% em 2020 e 779% em 2019. Uma ascensão que levou o gigante sul-americano a ficar em quarto lugar no mundo.
Uma tendência que ainda é vista crescendo, dado que o país está se movendo para adotar leis regulatórias, com o objetivo de estimular o desenvolvimento. Atualmente, o principal mercado regulado para créditos de carbono é o introduzido na UE, Reino Unido, Islândia, Liechtenstein e Noruega, através do sistema de comércio de emissões (EU-ETS), para um volume de negócios – em referência aos leilões realizados entre 2012 e junho de 2020 (últimos dados disponíveis) – que ultrapassaram 57 bilhões de euros.Em 2019, a receita total gerada ultrapassou 14 bilhões, enquanto apenas no primeiro semestre de 2020 chegou a 7,9 bilhões. Além do sistema europeu, os sistemas já estão em operação ou em desenvolvimento no Canadá, China, Japão, Nova Zelândia, Coreia do Sul, Suíça e Estados Unidos.”Intervenções regulatórias recentes são inovadoras. Estima-se que o Brasil possa se tornar o maior exportador mundial de crédito de carbono, e vários investidores institucionais e privados já estão investindo em terras e florestas com o único propósito de preservá-los. Para se ter uma ideia do valor desse mercado, um estudo da McKinsey estima que até 2030 a demanda por créditos voluntários pode subir de US$ 1,4 bilhão para US$ 2,3 bilhões. E para dar uma seção transversal ainda mais incisiva, a previsão é que o potencial efeito compensatório do Brasil possa valer 15% sozinho, em comparação com 5% da China e rússia juntos”, indica Graziano Messana, presidente da Câmara Italiana de Comércio de São Paulo. De acordo com os últimos dados disponíveis, o mercado brasileiro de créditos voluntários conta atualmente com 159 projetos. Destes, 80% estão registrados e já geraram créditos. Entre as principais empresas do setor está a Carbon Next, que sozinha administra 2 milhões de hectares na Amazônia, nas quais a Shell investiu apenas 40 milhões de dólares recentemente. (ANSA).