IBGE: desemprego em novembro foi de 10,6%
09/01/2009
RIO – A taxa de desemprego no país medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) teve um pequeno avanço em novembro, para 10,6%. O índice ficou praticamente estável em relação aos 10,5% de outubro, mas interrompeu uma trajetória de queda iniciada de agosto para setembro. A taxa divulgada nesta quarta-feira surpreendeu a maioria dos economistas, que previam uma queda do desemprego para um índice abaixo de 10%.
Segundo o IBGE, a taxa de desemprego não cedeu em novembro porque o número de pessoas procurando trabalho aumentou mais do que o total de vagas criadas.
Os economistas acreditavam que a taxa de novembro cairia por causa do aquecimento das vendas de Natal, que deve ter causado a abertura de vagas temporárias nos setores de comércio e de serviços das grandes cidades brasileiras.
A população ocupada cresceu 0,4% e foram abertas 71 mil novas vagas. Por outro lado, o número de pessoas procurando emprego aumentou 2,2% e causou o leve aumento na taxa do mês. Segundo o IBGE, 49 mil pessoas a mais passaram a procurar emprego em novembro. No total, as seis maiores regiões metropolitanas registram 2,32 milhões de desempregados em busca de um trabalho.
Entre as pessoas desempregadas, 19,2% nunca trabalharam e 26,2% eram responsáveis pela família. Do total de 2,32 milhões, 40,7% estavam procurando emprego por um período de um a 6 meses. E 27% estão procurando trabalho há pelo menos um ano. Os jovens (pessoas com até 24 anos) correspondem ao maior grupo do contingente de desempregados (45 ,8%).
A renda média do trabalhador brasileiro subiu pouco em novembro na comparação com outubro (0,1%). Em relação a novembro do ano passado, houve um ganho de 2,6% na renda. O rendimento médio é de R$ 904,70, o equivalente a 3,5 salários-mínimos. Também na comparação com outubro, o IBGE apurou uma queda de 0,3% na renda dos empregados com carteira assinada e uma alta de 7% nos sem carteira de trabalho. Já os trabalhadores por conta própria registraram uma redução de 4% em seus rendimentos.
Ana Paula Grabois – Especial para Globo Online
22/12/2004