Horário de verão será mais longo e terá economia de energia menor

15/10/2014

O horário de verão, que começa no domingo em dez estados e no Distrito Federal, vai ser o mais longo este ano. Só que desta vez, a economia de energia será menor. Serão 126 dias, sete a mais do que no ano passado. O governo calcula que vai economizar menos dinheiro porque as usinas térmicas, que geram energia mais cara, estão ligadas para compensar a falta de chuva.

Aproveitar o máximo da luz do dia e o menos possível de energia elétrica: é mais um horário de verão que começa neste domingo. Adotado todo ano desde 1985, já virou rotina, mas não unanimidade.

“Problema tem nos primeiros dias, mas depois o corpo responde e está tudo certo, muito bom”, afirma a designer Cláudia Oliveira.

“Escola mais cedo, todo mundo tem que acordar mais cedo. É um transtorno. É duro, difícil”, diz uma mulher.

Mas se prepare, que este ano será um pouco mais longo. A média de duração do horário de verão é de 122 dias, este ano serão 126. Vai terminar no quarto domingo de fevereiro, e não no terceiro, como é habitual, para não coincidir com o Carnaval.

O que se espera é uma redução de 4,5% no consumo de energia no horário de pico, de 18h às 21h. Mas a previsão é que se economize 30% a menos em dinheiro que no ano passado – cerca de R$ 278 milhões. Em 2013, a economia foi de R$ 405 milhões.

A culpa, segundo o governo, é da falta de chuvas. “É um pouco inferior ao ano passado dadas as condições hidrológicas que a gente teve esse ano”.

Choveu pouco e as usinas térmicas, que geram energia mais cara, foram acionadas e devem ser mantidas em funcionamento, não se sabe até quando.

Os reservatórios das usinas hidrelétricas estão baixos. Os da região Sudeste e Centro-Oeste, os principais, estão com menos de 23% da capacidade de armazenamento de água. Ou seja, não conseguem gerar energia suficiente

O horário de verão vai ajudar, segundo o governo. Por isso, neste fim de semana, terão que adiantar os relógios em uma hora, os moradores das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste.

O empresário do setor Cristopher Vlavianos diz que o esforço só no horário de verão não é suficiente e defende uma campanha de racionamento de energia. “Seria importante atuar do lado do consumo também, mostrar pra os consumidores que a situação é de nível de reservatório é crítica e que a economia de energia elétrica é muito bem-vinda”, ressalta.

Pelas estimativas do Operador Nacional do Sistema Elétrico, o nível de água dos principais reservatórios do país deve cair ainda mais e fechar outubro abaixo de 20%, menor do que em 2001, quando houve racionamento e o índice era de 21%.

 

Fonte:
G1